Homens também têm enxaqueca
“As crises começaram aos dez anos de idade. No começo, eram dores leves que logo passavam. Mas, com o tempo, foram piorando.
Naquela época, realizei um tratamento para ver se as dores diminuíam. Como isso não aconteceu, fui testando vários tratamentos.
Atualmente, tenho em média uma crise por ano. O que mais me prejudica e aborrece é que faz cerca de sete anos que tenho dores diárias, praticamente o tempo todo. Mesmo durante esta entrevista, sinto uma dor forte de cabeça. Não tenho ninguém na família com o mesmo problema e, sinceramente, não conheço quem tenha dores fortes como a minha. Procurei em redes sociais e faço parte de um grupo com pessoas com enxaqueca.
Lá, encontrei várias histórias interessantes e me identifiquei com elas.
Conviver com enxaqueca é um desafio diário. Como sou empreendedor e trabalho em casa, consigo lidar melhor com isso. Quando trabalhava em empresas, a doença me prejudicava bastante, por ter que faltar ou ir ao médico.
Durante as crises, o que mais sinto é tontura e a sensação de que a cabeça está pesada. Às vezes, também tenho enjoo, mas não é tão comum.
Para prevenir, fico de olho na minha alimentação, não tomo bebidas alcoólicas ou refrigerantes e evito enlatados e chocolate, mas nem sempre consigo. A alimentação saudável ajuda, mas não soluciona o problema.
Além disso, faço caminhadas quase todos os dias. Me sinto mais disposto quando me exercito, mas, na dor de cabeça, não vejo uma melhora significativa.
Ter uma vida o mais equilibrada possível sempre vai ser positivo. Mas, infelizmente, não é isso que vai acabar com as dores. Nesse momento, não estou fazendo tratamento, só controlo os sintomas da doença, mas pretendo me consultar com outro médico em breve”.
Dieverson Colombo, 24 anos, empreendedor digital