EFEITOS COLATERAIS
O ortopedista Dr. Fellipe Pinheiro Savioli, do Hospital Santa Cruz, em São Paulo, diz que os medicamentos podem ajudar a diminuir a dor nas costas sem maiores consequências, mas, em alguns casos, causam malefícios a outros órgãos e desencadeiam novas enfermidades. Todos eles agem diminuindo a dor por meios diferentes, seja diretamente (analgésicos), por diminuir a inflamação (anti-inflamatórios), ou por reduzir o desconforto suportado pelo paciente (antidepressivos e anticonvulsionantes). POSSÍVEIS EFEITOS NEGATIVOS • Analgésicos podem ocasionar problemas no fígado, náuseas e vômitos. Em excesso, podem causar retenção urinária. Em alguns casos, é possível que acarretem diarreia, queda da pressão arterial e alteração na temperatura corporal. O uso do medicamento juntamente com bebidas alcóolicas pode causar tonturas, perda da coordenação e redução dos reflexos. • Anti-inflamatórios podem acarretar gastrite, úlcera, problemas renais, distúrbios visuais e zumbidos, além de prejudicar a função das plaquetas (estrutura do sangue responsável pela coagulação). • Relaxantes musculares podem causar sonolência em excesso. O médico também alerta para o possível desencadeamento de reações alérgicas, desde simples coceiras no corpo até casos mais graves, como erupções cutâneas e dificuldades de respiração. “O uso dos medicamentos deve ser individualizado, criterioso e realizado pelo menor tempo possível”, avisa o ortopedista João Paulo, acrescentando que a utilização prolongada de remédios pode aumentar o risco de efeitos colaterais. “As pessoas devem tomar consciência de que não basta resolver a situação de forma imediata pela ingestão de fármacos. Cada dia que o paciente passa sem melhorar o seu modo de vida, pode agravar o problema”, aconselha Dr. Savioli. Crianças e idosos devem ingerir uma menor quantidade de remédios e procurar utilizar os anti-inflamatórios com cautela. Qualquer alteração ou efeito colateral deve ser comunicado imediatamente ao médico.