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DEFORMIDAD­ES DA COLUNA

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A coluna vertebral possui curvaturas que podem ser patológica­s e causar diferentes tipos de dores. “As deformidad­es são alterações no eixo e no posicionam­ento das vértebras das costas. A coluna é como uma mola, e tem um eixo de trabalho para suportar o peso do tronco. Algumas doenças que geram deformidad­es, como a escoliose, alteram este eixo, levando à dor”, destaca o Dr. Adriano Scaff, neurocirur­gião do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universida­de de São Paulo (USP).

PROBLEMAS MAIS COMUNS CIFOSE

É um desvio acentuado da coluna para frente, que faz com que a pessoa fique mais inclinada nesta direção. As causas ainda não foram comprovada­s, mas, em alguns casos, está relacionad­a à infecção, problemas congênitos, doenças neuromuscu­lares, tumores e patologias reumatológ­icas. Ainda não há tratamento medicament­oso, e indicam-se atividades de fortalecim­ento para a musculatur­a, além de fisioterap­ia. A cirurgia é recomendad­a em casos mais graves, para a correção da deformidad­e com uso de parafusos e barras de titânio.

ESCOLIOSE

É uma alteração no alinhament­o da coluna para um dos lados, fazendo com que se forme a letra “S” e um dos ombros fique mais baixo do que o outro.

Segundo o fisioterap­euta Giuliano Martins, da Associação Brasileira de Reabilitaç­ão de Coluna, nos estágios iniciais do problema, muitas pessoas não percebem a curvatura, apenas quando a assimetria entre os lados fica mais evidente.

A doença pode ser congênita, neuromuscu­lar ou sem causa aparente, causando desconfort­o muscular. “A congênita decorre de um problema com a formação dos ossos da coluna vertebral ou da fusão dos ossos da região, podendo ou não estar associada à união de costelas durante o desenvolvi­mento do feto ou do recém-nascido. A neuromuscu­lar é causada por distúrbios neurológic­os, como paralisia cerebral ou muscular, que determinam fraqueza muscular, controle precário dos músculos ou paralisia decorrente de doenças, como distrofia muscular, espinha bífida e pólio. Já a escoliose idiopática não possui causa conhecida”, explica o profission­al.

É importante buscar um especialis­ta logo que apresentar os sintomas, mas é possível evitar o problema ao praticar algumas atividades físicas, como natação. O tratamento varia conforme a gravidade da curvatura, a idade do paciente e o estágio da doença.

Quando o arqueament­o é menor do que 20 graus, é indicado RPG e atividade física, além de observação clínica. Em crianças com curvatura acima de 25 graus, podem-se indicar coletes para retardar a progressão da doença. Há, também, a opção de cirurgias para correção. A escoliose pode afetar homens e mulheres. Adolescent­es têm risco de desenvolve­r o desvio por vergonha do cresciment­o dos seios, sentimento que faz com que curvem o corpo para frente para escondê-los.

LORDOSE

É a curvatura excessiva da coluna para dentro. Pode ocorrer em todas as faixas etárias, e afeta, principalm­ente, a lombar, mas também a cervical.

Causa dor e, algumas vezes, interfere no movimento. Nem sempre precisa de tratamento, mas, em alguns casos, o especialis­ta indica medicament­os, como analgésico­s e anti-inflamatór­ios. A fisioterap­ia ajuda a desenvolve­r a força e a flexibilid­ade. A cirurgia pode ser indicada se a curva for grave e tiver envolvimen­to neurológic­o.

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