Indução à ovulação através do uso de medicamentos
Inseminação artificial: selecionados os espermatozóides, eles são colocados por intervenção médica na vagina para fecundação. Recomendado em casos de existência de anticorpos antiespermatozóides no muco cervical da mulher, quando o número de espermatozóides saudáveis é muito baixo ou quando apresenta outras causas que impeçam a fertilização por alterações dos espermatozóides.
Após a fase da menstruação, com os medicamentos hormonais para induzir à ovulação, a paciente recebe acompanhamento através da ultra-sonografia por 10 dias, em média. Dessa maneira, durante o período de ovulação, deve ser recolhido o sêmen do parceiro da paciente e transferido para a vagina cerca de 1 hora após a coletagem. Depois de 14 dias, o teste de gravidez é realizado. Cada tentativa oferece 30% de chance e, após três tentativas, o índice eleva-se para 35%.
Fertilização in vitro (FIV): Conhecido como bebê de proveta, os óvulos são retirados da mãe e colocados junto aos espermatozóides, realizando a fertilização in vitro, ou seja, a fertilização ocorre em laboratório. O processo é divido em 4 fases: estimulação ovárica, monitorização e desencadeamento da ovulação; recuperação do óvulo; fertilização e, finalmente, a transferência do embrião.
Recomendado quando há presença de oclusão das Tubas de Falópio e endometriose, como também alterações nos espermatozóides e, em alguns casos, de infertilidade sem diagnóstico. A chance de resultado bem sucedido dessa técnica é de 40% por tentativa com pacientes de até 35 anos de idade. Até os 40 anos, o índice gira em torno de 30%. Isso prova a eficiência desse método.
Injeção intracitoplasmática de espermatozóides (ICSI): a partir de óvulos obtidos da estimulação da ovulação, semelhante ao FIV, é uma técnica de micromanipulação realizada através de uma aplicação de um único espermatozóide no interior de um óvulo não-fertilizado. Indicado para o tratamento de contagem ou qualidade baixa de espermatozóides, a ICSI apresenta até 90% de chance de fertilização em laboratório.
Há também alguns tratamentos cirúrgicos que podem auxiliar a solucionar as dificuldades de fertilidade de um casal. Não é raro realizar uma intervenção cirúrgica para resgatar ou corrigir o desvio de fertilidade. São eles:
Correção da Varicocele: o aumento da temperatura nas veias do escroto, causado pelo acúmulo de sangue nos testículo, pode comprometer a produção de espermatozóides. Após a cirurgia, os resultados podem ser percebidos a partir do terceiro mês até dois anos. Pelo menos 60% dos homens intensificam a produção de espermatozóides depois da cirurgia.
Reversão de vasectomia: com menos de três horas de duração, a reversão da vasectomia, conhecida como vasostomia, é freqüentemente bem sucedida. Ela repara uma secção removida dos vasos do canal espermático. A recuperação é rápida e, em poucos dias, é possível voltar ao trabalho.
Extração de espermatozóides: quando existe uma obstrução no aparelho genital masculino, os espermatozóides podem ser extraídos com intervenção cirúrgica.
Superar as amarras do preconceito, transpor medos e receios que estão postos em nossa sociedade são os grandes desafios. Com o avanço da medicina, para muitos casais, hoje já é possível sonhar e, muitas vezes, viver o próprio sonho da gestação de uma criança. Muitos são os obstáculos a serem superados mas, certamente, o primeiro passo a ser dado é procurar assistência médica.