Evolução de degrau em degrau
No ano seguinte ao lançamento do Prorunner, a placa Wave já deu um salto de melhorias. “Lançamos a versão vazada no modelo Wave Rider 2, que trouxe maior absorção de impacto em relação ao primeiro calçado”, conta Rodrigo Barreiros, gerente de produto da Mizuno no Brasil. Outra mudança relevante da sucessora foi o seu peso: era 35 g mais leve sem deixar de oferecer conforto e responsividade às passadas. Ao longo dos anos , pequenas alterações foram aplicadas de acordo com o feedback do público, mas nada de mudanças abruptas: a maior preocupação da Mizuno sempre foi preservar a identidade de sua tecnologia. Em 2007, outra novidade: o surgimento da placa Infinity Wave no Wave Creation 8, um tênis robusto, cujos pontos fortes são o amortecimento e a estabilidade. A Infinity Wave, como o próprio nome entrega, é mais durável por ser confeccionada com um material bem resistente e sustentável, chamado de Pebax. É ideal para os corredores mais pesados e para treinos longos, pois aguenta bem a deformidade natural causada pelo impacto da pisada. A lon- gevidade também está associada à combinação de duas placas na entressola, que seguram mais a bronca do que o conhecido EVA. Alguns modelos da placa Wave tradicional são feitos de TPU ( principalmente os de performance). Outros utilizam também o Pebax como matéria-prima.
Afinal, como essa tecnologia se mantém há tanto tempo nos pés dos corredores? “A placa Wave reúne todos os atributos de que um corredor precisa. Trata- se de uma peça única, que entrega uma passada suave, conforto e estabilidade para todos os corredores, independentemente do seu estilo de aterrissagem”, explica Barreiros. Por ser extremamente flexível, é possível moldá- la de acordo com a necessidade do corredor. Ou seja, ela pode estar presente em modelos mais estruturados, para corredores mais pesados e que precisam de amortecimento, como o Prophecy; ou em calçados mais leves com drops ( altura do solado) bem discretos, como o Hitogami.