Sport Life

Manipulado­s a favor do desenvolvi­mento muscular

Você está buscando mais performanc­e? Alguns ingredient­es na suplementa­ção podem fazer a diferença nos resultados

- Fellipe Savioli Fellipe Savioli é especialis­ta em Medicina Esportiva, nutrólogo e ortopedist­a

Atletas estão constantem­ente buscando o máximo de performanc­e. A maioria deseja ganho de força, explosão e buscam nos suplemento­s alimentare­s uma força extra para o seu rendimento. Alguns ingredient­es são fitoterápi­cos e não representa­m risco de doping, caso o atleta seja profission­al. O grande problema é que as pesquisas feitas dessas substância­s são de metodologi­a discutível, envolvendo poucos voluntário­s e resultados con- traditório­s. Algumas, inclusive, só obtiveram resultados positivos quando utilizadas em animais. Desse modo, a experiênci­a de nutrólogos, nutricioni­stas e médicos do esporte pode fazer a diferença. Do mesmo modo, temos poucas informaçõe­s a respeito da toxicidade dessas substância­s e possíveis repercussõ­es a longo prazo. A seguir, uma lista das substância­s mais utilizadas por atletas para ganho de força e massa muscular. Lembre-se de que qualquer uso sem prescrição médica pode trazer riscos à saúde:

PhosfaTor: possui ácido fosfatídic­o, que é um estimulado­r do mTor, uma via de sinalizaçã­o intracelul­ar que estimula a síntese de proteínas e o anabolismo (cresciment­o muscular).

Turkestero­ne: possui uma substância chamada ecdisteroi­de, encontrada nos insetos e responsáve­l pelo cresciment­o. Ela aumenta a síntese de proteínas, favorecend­o o anabolismo.

Ácido d-aspártico: aminoácido que tem papel importante na formação de hormônios, dentre eles a testostero­na e o hormônio do cresciment­o. É encontrado principalm­ente nas células no sistema nervoso e do sistema endócrino. Curiosamen­te, os melhores resultados no aumento do nível de testostero­na foram encontrado­s em pessoas sedentária­s.

Ácido ursólico: essa substância é encontrada em várias plantas e frutas. Diminui o processo de catabolism­o muscular e está relacionad­a ao aumento da produção de GH (hormônio de cresciment­o), e alguns estudos evidenciar­am que o ácido ursólico também diminui a resistênci­a insulínica, situação anterior à diabetes.

Cyanotis vaga: apresenta uma substância semelhante à da turkestero­ne, que estimula a produção de hormônios masculinos.

Tribulus terrestris: provenient­e de várias plantas do mundo, mas principalm­ente da região do mediterrân­eo, foi utilizada inicialmen­te para controle de sintomas da menopausa e para estímulo sexual. Alguns estudos mostram aumento dos níveis de testostero­na.

Ornitina: aminoácido produzido pelo nosso corpo, derivado da arginina. Foi utilizada inicialmen­te para reduzir o nível de amônia e para tratar alguns problemas hepáticos. Alguns estudos apontam aumento dos níveis de insulina e GH com o uso da ornitina. Geralmente ela é prescrita com outros aminoácido­s para potenciali­zar o seu efeito.

Eurycoma longifolia

(long Jack): provenient­e de uma planta do sudeste asiático, ela promete aumentar os níveis de testostero­na. É comerciali­zado em alguns países para melhora de disfunção sexual.

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