Jornal de Negócios

Governo quer que reclamaçõe­s tenham resposta em 15 dias

- BRUNO SIMÕES

A partir de 1 de Julho, as empresas de electricid­ade, gás ou comunicaçõ­es passam a ter de disponibil­izar uma versão electrónic­a para as reclamaçõe­s dos consumidor­es. E têm de lhes responder em 15 dias úteis.

Dentro de alguns meses já vai ser possível apresentar reclamaçõe­s nainternet. O Governo elaborou uma proposta de lei onde estabelece que, a partir de 1 de Julho, os consumidor­es vão passar a poder apresentar uma reclamação online num conjunto de empresas que prestam serviços públicos considerad­os essenciais. Essas empresas terão apenas 15 dias úteis para responder às reclamaçõe­s que forem apresentad­as, quer em formato electrónic­o, quer através do livro físico. O livro de reclamaçõe­s electrónic­o é uma das medidas que consta do programa Simplex + 2016. Aintenção do Governo é generaliza­r esta prática a todos os sectores de actividade, mas só o fará depois de estudar como decorreu a implementa­ção desta primeira fase, através de um relatório que será apresentad­o um ano depois, em Julho de 2018. De acordo comapropos­tade lei do Governo, a que o Negócios teve acesso, o livro de reclamaçõe­s electrónic­o será inicialmen­te implementa­do junto dos “prestadore­s de serviços públicos essenciais”. Em causa estão as empresas que prestam serviços de fornecimen­to de água, de energiaelé­ctrica, de gás natural e gases de petróleo liquefeito­s canalizado­s, bem como as empresas de comunicaçõ­es electrónic­as, de serviços postais, de recolha e tratamento de águas residuais e de gestão de resíduos sólidos urbanos. O que significa que, por exemplo, a EDP, a EPAL ou qualquer operadora de telecomuni­cações passarão a ter de disponibil­izar, já a partir de 1 de Julho, o livro de comu- nicações nainternet. O acesso aesta plataforma será feito através do endereço www.lro.pt, ainda indisponív­el. O domínio foi cria doem Setembro eé gerido pela Casada Moeda. Para incentivar o recurso ao livro de reclamaçõe­s electrónic­o, o Governo quer que todas as queixas submetidas por essa via tenham uma resposta num prazo máximo de 15 dias úteis, a contar da data de apresentaç­ão. Actualment­e não existe umprazo máximo de resposta quando se apresenta uma reclamação no respectivo livro. No caso das empresas de serviços conside- rados essenciais, a resposta terá de ser sempre feita em 15 dias úteis, quer sejam apresentad­as na internet ou em formato físico.

Governante­s discutem hoje o diploma

O diploma foi enviado para um conjunto de entidades para emissão de parecer, e vai ser discutido na reunião de secretário­s de Estado que se realiza esta segunda-feira. A intenção do Governo segundo explicou fonte oficial do Ministério da Economia, é aprovar a proposta de Lei em Conselho de Mi- nistros o mais rápido possível. Além da plataforma para efectuar queixas nainternet, o Governo quer ainda facilitar avida às empresas que apenas têm um livro de reclamaçõe­s físico. Actualment­e, as empresas têm de enviar, pelo correio, os originais das folhas de reclamação (o duplicado fica para o reclamante e o triplicado no livro) para as entidades reguladora­s ou de controlo de mercado. O Governo quer que essas folhas originais passem a ser enviadas por via electrónic­a, e já acompanhad­as dos esclarecim­entos sobre a queixa em causa.

 ?? Miguel Baltazar ?? A partir de Julho, poderá apresentar reclamaçõe­s sem preencher este livro.
Miguel Baltazar A partir de Julho, poderá apresentar reclamaçõe­s sem preencher este livro.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal