Vem aí uma assembleia-geral no Sporting
Acrise do Sporting vai acabar em assembleia-geral. Depois da rota de colisão de Bruno de Carvalho com o presidente da mesa da assembleia-geral do clube, Jaime Marta Soares, foi noticiado, pela SIC, que também na SAD (Sociedade Anónima Desportiva) do Sporting o caminho ia ser o de reunir os accionistas. O pedido para convocação da reunião na SAD partirá do principal accionista desta sociedade, o empresário angolano Álvaro Sobrinho, detentor de 29,8% do capital. Bruno de Carvalho preside à SAD e ao clube verde e branco. No clube, Marta Soares disse à TSF que estavam “esgotadas as hipóteses de manutenção” de Bruno de Carvalho na presidência e que, por isso, iria usar “toda a competência estatutária para fazer regressar a paz” ao Sporting. Bruno de Carvalho respondeu: “Este foco de problemas vem agora ameaçar-me. Eu tinha-o avisado que mais uma dele e quem pediria a sua saída seria eu e não só os sócios como o fizeram de forma esmagadora, só o mantendo porque eu o pedi. Escusade reunir a mesa da assembleia-geral - que se diga nunca se reviu nele nem esteve a seu lado - pois serei eu a pedir novamente à direcção para se fazer uma assembleia-geral para os sócios se voltarem a pronunciar sobre nós”. De acordo com o artigo 40.º dos Estatutos do Sporting, “a revogação do mandato dos membros do conselho directivo e do conselho fiscal e disciplinar depende de justa causa e é deliberada em assembleia-geral comum”. A reunião magna para este efeito “será convocada para data não posterior a 30 dias, contados da data em que haja sido requerida”. “O processo destinado à revogação do mandato previsto neste artigo, cessará quanto ao visado ou visados que entretanto renunciem, produzindo nesse caso a renúncia efeito imediato; se a renúncia, individual ou colectiva, constituir causa da cessação do mandato da totalidade dos membros do órgão, só produzirá efeito com a tomada de posse dos sucessores, salvo se entretanto for designada a comissão de gestão ou de fiscalização, ou ambas, nos termos dos presentes estatutos”, lê-se no documento. Tudo começou quando Bruno de Carvalho, no Facebook, criticou jogadores, depois de perderem com o Atlético de Madrid, o que levou os próprios jogadores a mostrarem insatisfação. Seguiram-se vários pedidos para que o presidente se demita. Mas, em conferência de imprensa, declarou no domingo que não o faria, pois tinha sido legitimado por duas vezes pelos sócios.