Tarifa social do gás de botija tem vários interessados
A tarifa social no gás de botija deverá dar novos passos este ano. O governante com a tutela da energia, Jorge Seguro Sanches, revelou que há várias empresas com vontade de se juntarem a um projecto que tinha sido inicialmente pensado apenas com a Cepsa. Contudo, nada mais foi dito aos deputados. E, aos jornalistas, o secretário de Estado não quis responder. “Várias empresas demonstraram interesse em participar na tarifa solidária”. Aafirmação é de Seguro Sanches, na audição da comissão de Economia, onde assegurou que as empresas “estão disponíveis para suportar os custos da tarifa solidária”. Sobre que empresas são não deu indicação. Este é um trabalho transversal a outras áreas, já que, segundo o governante, envolve também as autarquias locais. “Estamos a trabalhar com a área das autarquias locais para que a tarifa em regime piloto seja uma realidade este ano”, revelou. Inicialmente, a Cepsa era a empresa com a qual estava a haver conversações nesse sentido, mas não houve indicações adicionais por parte do responsável, que defende que esta tarifa social no gás de botija é “semelhante” ao que acontece já na electricidade e no gás natural. Seguro Sanches acredita em “resultados importantes para as zonas do interior mais rural” com este passo. Um ponto que, diz, terá um impacto mais positivo do que a fixação de preços máximos nas botijas de gás. Neste campo, o governante levantou problemas nos projectos de lei apresentados pelo PCP e PAN, que pediam a fixação de um preço máximo para o gás de botija (GPL). “Se fixarmos administrativamente o preço, não tenho a certeza se não pode haver um conjunto de efeitos que é [um vendedor] dizer: para mim, não se justifica o encargo de ter a loja aberta”, argumentou.