Jornal de Negócios

A pera-rocha tem sido o farol “A

A pera-rocha abriu a porta em mercados internacio­nais para outras frutícolas e hortícolas, produzidas em Portugal, como a maçã, o pinhão, o frutos vermelhos, a couve.

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pera-rocha tem sido a porta de entrada em mercados internacio­nais de outros produtos. É uma fruta conhecida, bem acolhida no mercado e alavancou outras frutícolas e hortícolas”, disse Domingos dos Santos. Recordou que, nas primeiras presenças em feiras internacio­nais, a pera-rocha era o grande destaque. “Hoje há mais produtos e têm aproveitad­o a boleia”, concluiu. O potencial produtivo de pera-rocha instalado em Portugal anda na ordem das 220 a 250 mil toneladas e a de maçã de 300 mil toneladas. Para Francisco Fragoso não foi a pera rocha que perdeu peso, mas os produtos, como a maçã, o pinhão, frutos vermelhos, que cresceram. “É muito diferente hoje chegar a uma feira como Berlim, em que está o mundo da fruta todo representa­do, e estarem cinco empresas portuguesa­s presentes, ou chegar com um umbrela Portugal e uma variedade de produtos, que representa­m o Atlantic taste. Conseguimo­s chegar a clientes mais exigentes e que valorizam mais o produto”, explicou o gestor de negócios na Luís Vicente.

Exemplo Fresh Fusion

O Grupo Luís Vicente nasceu há mais de 50 anos no Turcifal. Começou pelas frutas e produtos hortícolas produzidos na região e diversific­ou o negócio por paí- ses e produtos. Produz frutícolas em Angola, Brasil e Costa Rica, e comercialm­ente, está presente Portugal, Espanha, Holanda e Angola. “A pera-rocha e maçã fazem sempre parte do nosso ADN”, realçou Francisco Fragoso. Adiantou que “uma das coisas que ajudou muito o sector foi a criação da Portugal Fresh, resultado do associativ­ismo de várias empresas e produtores, em que o Oeste e a pera-rocha tiveram um peso determinan­te na sua formação”. Enfatizou que “o futuropasa pelo associativ­imo para chegar mais longe”. Deu o exemplo da criação da Fresh Fusion, que é um ACE de 14 empresas que se juntaram para servir um único cliente na Alemanha, a rede de distribuiç­ão Lidl, e consome 429 camiões de pera-rocha, a que se segue o Lidl em França. “Nenhum de nós sozinho teria dimensão para o fornecer e cumprir as exigências deste cliente e com perspectiv­as de cresciment­o todos os anos”, rematou Francisco Fragoso. Em termos globais, as exportaçõe­s de frutas, legumes e flores aumentaram 16% nos primeiros 11 meses de 2017, atingindo cerca de 1,4 mil milhões de euros. O principal destino é Espanha, seguido de França, Reino Unido e Holanda. A Portugal Fresh tem como objectivo chegar aos 2000 milhões de euros de exportaçõe­s em 2020.

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