Prazos de pagamento aumentam
O EBITDA das empresas não financeiras diminuiu 12% no ano passado, enquanto o das financeiras aumentou 28%. Os transportes continuam responsáveis pela grande fatia do endividamento.
TRANSPORTES COM 18,4 MIL MILHÕES DE DÍVIDA
Dos 31,5 mil milhões de dívida do SEE, 18,4 mil milhões dizem respeito ao sector dos transportes e armazenagem. Depois da IP, cujo endividamento ronda os 8,3 mil milhões, segue-se o Metro do Porto, que viu a dívida aumentar 7% em 2017 para 3,6 mil milhões de euros, e o Metropolitano de Lisboa, que registou uma diminuição de 1%, para 3,4 mil milhões.
EBITDA DESCE NAS NÃO FINANCEIRAS
O EBITDA das empresas públicas não financeiras diminuiu em 2017 cerca de 158 milhões de euros (12%), enquanto o das financeiras aumentou 28% face a 2016, ou seja, em 66 milhões de euros. No final do ano passado, o EBITDA das empresas públicas totalizou 1.468 milhões de euros (-6%).
PAGAMENTOS AGRAVAM-SE
De acordo com a UTAM, o prazo médio de pagamentos do SEE no final de 2017 situou-se, em termos médios, em 89 dias, o que representou um agravamento face ao final de 2016 com um aumento de três dias.
DOIS “SWAPS” AGRAVAM PERDAS POTENCIAIS
No final de 2017 sete empresas públicas tinham em carteira 27 “swaps”, com um valor contratual agregado de 1.344 milhões de euros e com perdas potenciais de 1.261 milhões de euros. De acordo com a UTAM, o resultado líquido deve-se principalmente a “swaps” do Metropolitano de Lisboa e da Parpública, com resultados negativos de 6,1 e 6,5 milhões de euros, respectivamente. No ano passado foram terminados ou atingiram a maturidade cinco “swaps”.