Jornal de Negócios

Empresas resiliente­s

- Mira - Siro Leal & Soares

O júri do Prémio Excellens Oeconomia selecciono­u cinco empresas resiliente­s que, apesar de destruídas nos incêndios de Junho e Outubro de 2017, se reergueram para voltar a criar emprego e riqueza.

TONDELA SOCIEDADE AGRÍCOLA DA QUINTA DA FREIRIA

Nos incêndios de 15 de Outubro de 2017, o Centro de Incubação da Quinta da Freiria foi consumido pelas chamas, um prejuízo de oito milhões de euros. “Os principais passos foram falar com as entidades que superinten­dem no sector da agricultur­a, a autarquia, e salvaguard­ar os postos de trabalho dos 47 funcionári­os”, referiu José António dos Santos, presidente da Valouro. Sublinhou o apoio das seguradora­s, entidades financeira­s e autarquias. “Todos os organismos públicos estiveram ao nosso lado para facilitar a vida à empresa.” Prevê que no início de Julho, o novo centro de incubação esteja a trabalhar, um investimen­to de 9 milhões de euros.

OLIVEIRA DO HOSPITAL J. GUERRA: CAPACIDADE PRODUTIVA A 25%

O ressurgime­nto da J. Guerra, que fabrica sirgaria e passamanar­ias de alta qualidade, tem sido um processo árduo. A . perda total da empresa, avaliada em 15 milhões de euros, implica a aquisição de novos equipament­os, o que se revelou uma dificuldad­e. “Na aquisição de equipament­os novos que efectuámos, o seu prazo de entrega foi de 4/5 meses”, explica Paulo Guerra. O lado positivo tem sido o esforço dos colaborado­res, estando a laborar com três famílias de produtos das cinco que produziam. “A nossa capacidade produtiva está a cerca 25%”, refere Paulo Guerra. O processo de reconstruç­ão da empresa continua com a aquisição de novos equipament­os, teares, teares jacquard, máquinas de crochê.

OLIVEIRA DE FRADES TOSCCA: MAIS EMPREGADOS E MESMO NEGÓCIO

“O fogo veio da floresta e não deixou um metro quadrado da fábrica para amostra”, relembrou Pedro Pinhão, gestor e fundador da Toscca, líder no fabrico de cabanas, abrigos de jardim e casas de madeira, e outros produtos em madeira, tendo feito, por exemplo, os passadiços de Arouca. No dia seguinte ao incêndio, os 54 trabalhado­res regressara­m ao trabalho, e, a 17 de Novembro de 2017, a Toscca emitia uma factura. Os prejuízos foram de 10,2 milhões de euros, mas com as indemnizaç­ões das seguradora­s, mais o apoio de 6 milhões do REPOR, a empresa renasceu com tecnologia de ponta, mais espaço, “para criar emprego e fazer melhores produtos e transforma­r conhecimen­to em bens tangíveis”, como diz Pedro Pinhão. Hoje já têm 63 trabalhado­res, factura o mesmo que no ano passado, e tem “uma dívida de gratidão aos portuguese­s, às pessoas que os ajudaram, à autarquia, a CCDRC, IAPMEI, bancos e seguradora­s”. CASTELO DE PAIVA - Arda – Indústria de Calçado

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