Portugal campeão vale 120 milhões para os patrocinadores
Os patrocinadores da selecção portuguesa poderão alcançar um retorno de 120 milhões de euros caso a equipa das “Quinas” vença o Mundial 2018, na Rússia. Garantido está um retorno de 75 milhões, estima a Cision.
Caso a selecção fique pelo caminho na fase de grupos o retorno será de 75 milhões.
Avitória da selecção portuguesa no Mundial 2018, que decorre na Rússia de 14 de Junho a 15 de Julho, terá um retorno para os principais patrocinadores da equipa das “Quinas” de 120 milhões de euros, segundo um estudo da fornecedora de software e serviços para profissionais de comunicação Cision, a que o Negócios teve acesso. No pior dos cenários , ou seja, a eliminação de Portugal na fase de grupos, os principais patrocinadores da selecção - Galp, Sagres, Meo, Continente, Santa Casa, Nike, Novo Banco e Samsung - terão um retorno de 75 milhões de euros. A Cision calcula estes valores para o período de 1 de Junho a 31 de Julho, incluindo, portanto, os jogos de preparação realizados antes da competição. O valor do retorno sobe para 85 milhões caso a selecção seja eliminada nos oitavos-de-final, para 98 milhões se cair nos quartos-definal e para 103 milhões de euros caso Portugal perca nas meias-finais. A presença na final garante um retorno de 112 milhões de euros, que poderá ascender a 120 milhões caso Portugal se sagre campeão do mundo. Para avaliar o retorno mediático, a Cision quantifica o tempo ou o espaço de exposição que as marcas têm na comunicação social, em espaço editorial, considerando os preços com base no custo das tabelas publicitárias de cada meio. Em 2016, quando Portugal se sagrou campeão europeu em França, o retorno alcançado pelos patrocinadores cifrou-se em 115 milhões de euros (valor revisto face a uma estimativa inicial de 117 milhões), de acordo com os cálculos da Cision. O director de operações e negócios da Cision, Uriel Oliveira, explicou ao Negócios que as estimativas para o Mundial 2018 foram “algo conservadoras” e levaram em consideração a tendência de descida nos custos publicitários a que se tem assistido. Isto explica a diferença de apenas cinco milhões de euros no retorno estimado caso Portugal se sagre campeão mundial quando comparado com a campanha triunfal em França, em 2016. Também o facto de a competição decorrer num país pouco relevante para vários dos patrocinado- res ajuda a explicar a subida modesta no valor do retorno estimado, apesar de se tratar de um contexto mundial em vez de europeu. Em 2014, no Mundial do Brasil, a Cision chegou a estimar um retorno máximo de 150 milhões de euros. No Euro 2012, na Polónia e Ucrânia, a presença nas meias-finais de Portugal gerou um retorno de 98,5 milhões. Portugal inicia a sua participação no Mundial 2018 no dia 15 de Junho, defrontando a Espanha. Do grupo de Portugal fazem ainda parte as selecções de Marrocos e do Irão.