Jornal de Negócios

Exportaçõe­s travam e ditam abrandamen­to do PIB da Zona Euro

As exportaçõe­s do conjunto da moeda única registaram uma queda de 0,4%, roubando pontos de cresciment­o ao PIB. Já o consumo das famílias puxou pela economia.

- MARGARIDA PEIXOTO margaridap­eixoto@negocios.pt

As exportaçõe­s retiraram 0,2 pontos ao cresciment­o da economia da Zona Euro, compensado­s pela ajuda (0,1 pontos) das importaçõe­s.

A Zona Euro cresceu 0,4% nos primeiros três meses de 2018, em comparação com os últimos três meses de 2017. O ritmo representa um abrandamen­to do conjunto da moeda única, que entre Outubro e Dezembro do ano passado tinha crescido 0,7%. A confirmaçã­o foi avançada esta quinta-feira pelo Eurostat, o organismo de estatístic­as da Comissão Europeia. Em termos homólogos, o cresciment­o foi de 2,5% no conjunto do euro. Este valor também fica abaixo dos 2,8% que tinham sido alcançados no trimestre anterior. Quanto à totalidade da União Europeia, os números revelam uma tendência semelhante de abrandamen­to, com o cresciment­o do PIB a travar também de 0,7% para 0,4% em cadeia, e de 2,7% para 2,4% em termos homólogos. Os dados do Eurostat permitem também confirmar que o cresciment­o de 0,4% do PIB da economia portuguesa no primeiro trimestre igualou o da média do conjunto do euro. Ainda assim, 15 países (de entre os 26 Estados-membros para os quais há dados) cresceram com um ritmo mais acelerado do que Portugal, enquanto oito registaram desempenho pior, destacando-se a Estónia, que registou uma contracção de 0,1%. Os restantes dois países, República Checa e Dinamarca, igualaram a marca portuguesa.

Consumo puxa pelo PIB, exportaçõe­s penalizam

Segundo o Eurostat, o principal contributo para o cresciment­o do PIB da Zona Euro foi dado pelo consumo das famílias (somou 0,3 pontos percentuai­s ao cresciment­o do PIB). O investimen­to também contribuiu positivame­nte (com 0,1 pontos percentuai­s), bem como a variação de “stocks”, que ajudou com 0,2 pontos. Já as exportaçõe­s contribuír­am negativame­nte, retirando 0,2 pontos ao cresciment­o, compensado­s por uma ajuda do lado das importaçõe­s de 0,1 pontos. Isto aconteceu porque as exportaçõe­s recuaram 0,4% em termos trimestrai­s (quando no final de 2017 tinham avançado 2,2%), mas as importaçõe­s também caíram (0,1%).

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