Jornal de Negócios

Baralhos de cartas também vão pagar tarifa agravada de 25%

A lista de 182 categorias de produtos dos EUA que vão sofrer tarifas adicionais para entrar em território europeu indicava que os baralhos de cartas, e só estes, seriam sujeitos a uma tarifa menor, de 10%.

- MARGARIDA PEIXOTO margaridap­eixoto@negocios.pt

Na lista de 182 categorias de produtos dos EUA estão o milho, o sumo de laranja, o ‘bourbon’ e as calças de ganga.

Afinal, não haverá abébias para os jogadores de sueca: os baralhos de cartas importados dos Estados Unidos vão mesmo pagar uma tarifa agravada de 25%, tal como as restantes 181 categorias da lista de produtos norte-americanos que a Comissão Europeia decidiu penalizar, como retaliação às tarifas no aço impostas por Donald Trump. Na quarta-feira, o colégio de comissário­s adoptou a imposição de tarifas adicionais à importação de 182 categorias de produtos dos EUA. Estão lá o milho, o sumo de laranja, o famoso whiskey ‘bourbon’, manteiga de amendoim, cal- ças de ganga e centenas de outros bens. O objectivo é que sobre todos estes produtos seja aplicada uma tarifa adicional de 25% quando são importados dos EUA, com efeitos já a partir de Julho. Mas na lista circulada ontem pela Comissão, que correspond­e ao documento oficial da Organizaçã­o Mundial do Comércio, há uma excepção: os baralhos de cartas. Sem qualquer explicação adicional, aparecem sujeitos a uma tarifa de apenas 10%. Ou seja, importar cartas de jogar dos EUA não ficaria tão mais caro como acontecerá, por exemplo, com os iates.

“Há um erro no documento publicado pela OMC”

Contactada, fonte oficial da Comissão Europeia resolveu o mistério: “Há um erro no documento publicado pela Organizaçã­o Mundial do Comércio, algo que esta- mos neste momento a corrigir.” De facto, na decisão de aplicação do regulament­o publicada no Jornal Oficial da UE, os baralhos de cartas constam da lista, mas aparecem, tal como todos os outros produtos, com uma tarifa agravada de 25%.

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Kevin Lamarque/Reuters Tal como seria de esperar, a decisão de Donald Trump não ficou sem resposta.

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