França e Canadá criticam tarifas
O presidente francês, Emmanuel Macron, e o primeiroministro canadiano, Justin Trudeau, consideraram ontem “ridículo” invocar a segurança nacional para justificar as novas tarifas aduaneiras impostas pelos Estados Unidos. A um dia da Cimeira do G7, o grupo dos sete países mais industrializados, Emmanuel Macron advertiu que europeus e japoneses não estão “dispostos a renunciar a tudo” para ter a assinatura do presidente norte-americano na declaração final do encontro. Seria “um erro renunciar a tudo para ter essa assinatura” e fazê-lo seria pôr em causa “a pertinência do G7”, disse o presidente francês à imprensa durante um encontro com o primeiro-ministro do Canadá em Otava. Justin Trudeau voltou a insurgir-se contra os argumentos de Washington. “São declarações ridículas, que o Canadá, França, os europeus possam representar uma ameaça à segurança nacional dos EUA, porque nós somos há muito tempo os melhores aliados dos EUA”, disse . Os dois dirigentes advertiram que as novas tarifas do presidente Donald Trump “vão prejudicar” os próprios Estados Unidos. “Estas acções inaceitáveis vão prejudicar os seus próprios cidadãos. São empregos norte-americanos que se vão perder”, disse Trudeau, enquanto Macron sublinhou que as tarifas “são contraproducentes incluindo para a economia” norte-americana. Macron e Trudeau frisaram que a vontade de todos é “manter os Estados Unidos no concerto das nações”, mas que estão dispostos a avançar sem Washington.