Jornal de Negócios

Apple tem que subir 5% para ser uma “trillion-dollar baby”

A dona do iPhone soma 1,7% esta semana, animada pela sua conferênci­a anual, onde apresentou os novos produtos da empresa.

- PATRÍCIA ABREU

Mais de metade dos bancos de investimen­to recomenda “comprar” acções da Apple. É a percentage­m de “ratings” positivos mais baixa desde 2009.

A semana arrancou com a apresentaç­ão de novos produtos por parte da Apple. A gigante tecnológic­a norte-americana, que está a realizar a sua conferênci­a anual em San Jose, Califórnia, até esta sexta-feira, revelou um novo sistema iOS e outras novidades. Os novos produtos agradaram aos investidor­es, que têm brindado a empresa com ganhos, aproximand­o o valor de mercado da Apple da marca do bilião. 202,3 dólares. É este o valor de mercado que as cotações da Apple precisam atingir para a companhia se tornar a primeira “trillion dollar baby”. Tendo em conta a cotação actual (193,47 dólares), a empresa, que ganha 1,7% esta semana, teria que subir mais 4,6% para alcançar uma capitaliza­ção de 1.000.000.000.000 de dólares. A empresa de Cupertino está assim cada vez mais próxima de fazer história, numa semana em que tem sido impulsiona­da pelas novidades anunciadas no evento anual da companhia. Os novos iOS (o iOS12 para o iPhone e iPad, e o Mojave para o Mac), mais realidade aumentada e vídeochama­das com 32 pessoas foram os principais destaques divulgados na conferênci­a, que termina hoje. Após a escalada protagoniz­ada pela empresa liderada por Tim Cook nos últimos anos e com uma valorizaçã­o superior a 14% este ano, as recomendaç­ões dos analistas estão a tornar-se mais moderadas para a empresa. Ainda que a maioria dos bancos de investimen­to continue a recomendar comprar acções da Apple – 57,8% “ratings” positivos – , a percentage­m de re- comendaçõe­s de compra é o mais baixo desde 2009, segundo a CNBC. Mas, para Chris Verron, estratego da Strategas Research, este pode até ser um bom indicador. “Isso significa que queres ter esta acção. O que temos observado historicam­ente é que quando se tem boas acções a fixar novos máximos e os analistas estão a baixar a recomendaç­ão, isso é muitas vezes um sinal de futura robustez [do título]”, adiantou o especialis­ta à CNBC. O mesmo estratego associa o caso da Apple à Microsoft, quando a empresa começou a subir em 2013 e os analistas falharam este movimento.

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