Apple tem que subir 5% para ser uma “trillion-dollar baby”
A dona do iPhone soma 1,7% esta semana, animada pela sua conferência anual, onde apresentou os novos produtos da empresa.
Mais de metade dos bancos de investimento recomenda “comprar” acções da Apple. É a percentagem de “ratings” positivos mais baixa desde 2009.
A semana arrancou com a apresentação de novos produtos por parte da Apple. A gigante tecnológica norte-americana, que está a realizar a sua conferência anual em San Jose, Califórnia, até esta sexta-feira, revelou um novo sistema iOS e outras novidades. Os novos produtos agradaram aos investidores, que têm brindado a empresa com ganhos, aproximando o valor de mercado da Apple da marca do bilião. 202,3 dólares. É este o valor de mercado que as cotações da Apple precisam atingir para a companhia se tornar a primeira “trillion dollar baby”. Tendo em conta a cotação actual (193,47 dólares), a empresa, que ganha 1,7% esta semana, teria que subir mais 4,6% para alcançar uma capitalização de 1.000.000.000.000 de dólares. A empresa de Cupertino está assim cada vez mais próxima de fazer história, numa semana em que tem sido impulsionada pelas novidades anunciadas no evento anual da companhia. Os novos iOS (o iOS12 para o iPhone e iPad, e o Mojave para o Mac), mais realidade aumentada e vídeochamadas com 32 pessoas foram os principais destaques divulgados na conferência, que termina hoje. Após a escalada protagonizada pela empresa liderada por Tim Cook nos últimos anos e com uma valorização superior a 14% este ano, as recomendações dos analistas estão a tornar-se mais moderadas para a empresa. Ainda que a maioria dos bancos de investimento continue a recomendar comprar acções da Apple – 57,8% “ratings” positivos – , a percentagem de re- comendações de compra é o mais baixo desde 2009, segundo a CNBC. Mas, para Chris Verron, estratego da Strategas Research, este pode até ser um bom indicador. “Isso significa que queres ter esta acção. O que temos observado historicamente é que quando se tem boas acções a fixar novos máximos e os analistas estão a baixar a recomendação, isso é muitas vezes um sinal de futura robustez [do título]”, adiantou o especialista à CNBC. O mesmo estratego associa o caso da Apple à Microsoft, quando a empresa começou a subir em 2013 e os analistas falharam este movimento.