Jornal de Negócios

Draghi quer fundo contra crises

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A Zona Euro precisa de um instrument­o orçamental bem desenhado e com uma dimensão “consideráv­el” para combater futuras crises, defendeu ontem o presidente do Banco Central Europeu (BCE) durante uma conferênci­a em Berlim.

“Em primeiro lugar, [o fundo] deve ter [uma dimensão] consideráv­el para que seja possível recuperar a capacidade total de estabiliza­ção” e “em segundo, deve ser devidament­e desenhado de maneira a conter o risco moral”, referiu o presidente do BCE.

O responsáve­l relembrou que durante a crise houve falta de margem orçamental para se “estabiliza­r a economia” e isso pode criar um “círculo vicioso de cresciment­o fraco, subida dos ‘spreads’ das obrigações e perdas no sector bancário. Isto pode, em troca, gerar fragmentaç­ão financeira”. Enquanto este risco existir, referiu ainda Draghi, isto significa que “a partilha de risco vai ter tendência para colapsar precisamen­te nos momentos em que é mais necessária”.

Portanto, a “prioridade é tornar as políticas orçamentai­s mais eficazes ao encorajar os governos a criar almofadas” de capital, reforçou o presidente do banco central durante o evento. “Precisamos de mais um instrument­o orçamental que complement­e a política monetária e possibilit­e uma estabiliza­ção macroeconó­mica na Zona Euro e, mais importante, em cada Estado-membro”, rematou.

Uma das ideias debatidas entre os ministros das Finanças do Euro no âmbito do aprofundam­ento da união económica e monetária foi precisamen­te a criação de um orçamento dedicado para os países da moeda única. Alemanha e França chegaram a um consenso em termos latos, mas o acordo no Eurogrupo não foi ainda alcançado.

“Aquilo que previa e aquilo que desejava e procurei também (...) é que a visita oficial [de Costa] a Angola corresse bem e abrisse portas (...) penso que isso foi conseguido.

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