Bison entra em parceria com Stanley Ho em Moçambique
O grupo chinês que, em Portugal, adquiriu o Banif– Banco de Investimento passou a ser o accionista maioritário do Banco Moçambicano de Apoio aos Investimentos (MAIS), instituição financeira moçambicana de que Diogo Lacerda Machado é vice-presidente.
Foi este ano que a Bison Capital entrou num entendimento com a Geocapital, de Stanley Ho e que também conta com Lacerda Machado como administrador, e passou a controlar o Banco MAIS.
Segundo a informação que consta do site oficial da instituição, a Bison é dona de 48% da instituição, seguida da Geocapital, com 25%, e do fundo de “private equity” Africinvest, com 22,6%.
É uma mudança significativa face à composição accionista que estava em vigor no final do ano passado, em que a Geocapital detinha 48% do capital, acima dos 43% do fundo de “private equity” Africinvest.
A mudança envolveu uma injecção de 12 milhões de euros pela Bison, segundo noticiou o jornal de informação sobre países lusófonos China-Lusophone Brief. Em causa está uma parceria entre a Geocapital, do empresário macaense, e a Bison Capital, que envolve ainda uma opção de compra da participação que ainda está nas mãos da Africinvest pela Geocapital, o que dará uma posição seme- lhante às duas partes.
O Banco MAIS é um banco comercial moçambicano, mas está já a aprofundar a ligação a clientes chineses, aproveitando a oportunidade de ligação entre os dois mercados.
A parceria entre a Geocapital e a Bison definiu que a administração continuasse a ser a mesma, mantendo-se Luís Almeida na liderança e Lacerda Machado como vice-presidente. Haverá é uma novidade. Pedro Cardoso, que integrou a Bison Capital em Julho, vai ter uma palavra na gestão do banco, de acordo com a mesma fonte. Cardoso estava na presidência do Banco Nacional Ultramarino, tendo daí saído este ano, falando até em “insatisfação acumulada” com a accionista CGD.
A Geocapital, de Stanley Ho, entrou numa parceria com a Bison, deixando o lugar de principal dona do Banco MAIS.