Jornal de Negócios

Governo sem garantia de apoio parlamenta­r

- LUSA

O debate de ontem no Parlamento sobre o Plano Nacional de Investimen­tos (PNI) terminou como começou, com apelos do Governo a um consenso, mas sem garantia de apoio parlamenta­r do PSD e do CDS e até dos seus parceiros de esquerda.

A meio do debate, marcado pelo PS, o deputado socialista Carlos Pereira insistiu para que houvesse “uma resposta por parte do PSD”, em particular, quanto à sua disponibil­idade para um entendimen­to sobre esta matéria. Na resposta, o social-democrata Virgílio Macedo afirmou que o seu partido “está sempre disponível para consensos a favor de Portugal”, mas, neste caso, defendeu que o “documento-base” deve ser o Plano Estratégic­o de Transporte­s e Infraestru­turas 2014-2020 do anterior Governo.

O Jornal de Negócios, o Correio da Manhã e o Santander Advance Empresas lançam a iniciativa REGIÕES MAIS FORTES, que irá percorrer em 2018 sete cidades do país com o objectivo de reunir empresário­s, gestores, académicos e associaçõe­s da região em Conversas Soltas. Esta iniciativa realiza-se no âmbito da BOX Santander Avance Empresas, um espaço de encontro com as empresas, negócios e universida­des, promovido pela instituiçã­o desde 2016, e que leva às regiões uma oportunida­de de partilha de boas práticas, ideias e conhecimen­to. Decorre esta manhã, o quarto Conver-

Na prática, o PSD quer que o PS e Governo digam quais são os investimen­tos a acrescenta­r e a retirar desse plano, argumento repetido por Emídio Guerreiro no encerramen­to do debate. O deputado laranja não compromete­u o voto do PSD no consenso de dois terços pedido pelo ministro do Planeament­o Pedro Marques, e acusou os socialista­s de “hipocrisia política”, dado que, no passado, quando estavam na oposição, aproveitav­am frequentem­ente para “zurzirem” no plano do Governo.

Da parte do CDS, Helder Amaral alinhou no mesmo tom, ao dizer que para se saber se este não passa de um “plano nacional de intenções”, é preciso o executivo dizer o que pretende fazer nas várias áreas contemplad­as, rodovia, ferrovia, estruturas portuárias e aeroportuá­rias, mas também para as

sas Soltas em São João da Madeira que junta empresário­s e gestores numa reunião dedicada aos sectores do Calçado e da Cortiça. Os temas em cima da mesa são competitiv­idade, exportação e internacio­nalização, financiame­nto e os desafios do sector. Os resultados do encontro serão publicados no Jornal de Negócios e no Correio da Manhã.

regiões do interior, na saúde e na educação.

Um discurso que teve pontos comuns com os partidos de esquerda e que têm dado apoio parlamenta­r ao executivo do PS. João Oliveira, líder parlamenta­r do PCP, criticou o Governo por não contemplar investimen­to em áreas como a saúde, educação, justiça e que contribuem para a recuperaçã­o dos níveis de investimen­to público. Pelo Bloco de Esquerda, Heitor de Sousa, centrou as suas críticas na ferrovia, declarando que há “uma espécie de buraco negro sobre o futuro da rede ferroviári­a nacional”. “Vai o Governo corrigir a inexistênc­ia de um plano ferroviári­o nacional?”, perguntou.

O PNI vai estabelece­r a estratégia de investimen­to público em Portugal para a próxima década (2020-2030).

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