Jornal de Negócios

Venezuela: Madeira pede verba para realojar

Há mais de 400 inscrições de ex-emigrantes para habitação na ilha. Mas o executivo regional ainda está a braços com o realojamen­to de famílias na sequência dos incêndios do ano passado.

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A crise na Venezuela está a fazer regressar muitos madeirense­s, alguns já de segunda geração, à ilha. Miguel Albuquerqu­e diz que os serviços têm dado resposta, mas garante que não tem condições financeira­s para responder ao problema de habitação que o afluxo de pessoas está a provocar. A região precisa de “alguns milhões de euros” do Estado, garante.

Quantas pessoas já regressara­m a madeira, vindas da Venezuela?

Tivemos um afluxo de seis mil pessoas.

Como é que essas pessoas estão a ser acolhidas? Que medidas têm?

Temos dado o apoio a nível do serviço regional de saúde, porque são pessoas que vêm muito fragilizad­as. Na Venezuela neste momento não há nada, nem medicament­os para a medição da tensão há. Temos feito o apoio através do serviço regional de saúde, através da educação – chegam imensos jovens e crianças que são integrados no sistema regional do ensino. Damos o apoio também através do centro de emprego: já colocámos duas mil pessoas no emprego através do instituto do emprego, mas ainda temos três mil e tal pessoas para colocar.

E a habitação?

A habitação é muito difícil. Temos cerca de 400 e tal inscrições para habitação, mas neste momento não temos capacidade financeira para resolver este problema. Ainda estamos a realojar pessoas que perderam as casas nos incêndios.

O governo central tem dado o apoio suficiente para isso?

Neste momento temos tido uma boa colaboraçã­o com o secretário de Estado. É preciso chegarmos a um acordo, sobretudo relativame­nte à habitação. Precisamos de um apoio para resolver este problema.

De quanto estamos a falar?

Face a 400 e tal camas são alguns milhões de euros.

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