Rácios caem mas não é preciso injecção
A integração do Popular Portugal no Santander Totta, na sequência da resolução e venda que envolveu os dois grupos bancários espanhóis, teve um impacto directo nos rácios de capital do banco presidido por António Vieira Monteiro. Caíram.
O rácio CET 1 do Santander Totta, que mede o peso dos melhores fundos próprios de uma instituição financeira, desceu de 16,5%, em Setembro do ano passado, para 13,2%, um ano depois.
Questionado sobre se a quebra deste rácio de capital, usado como indicador de solidez financeira dos bancos, poderia justificar injecções da casa-mãe, o espanhol Santander, Vieira Monteiro recusou, pese embora o banco já não apresentar um dos mais altos rácios do sector.
“Continua muito acima do que é necessário”, foi a resposta do CEO. “Rácios de capital claramente acima dos requisitos mínimos exigidos pelo BCE” é também algo mencionado nos documentos de resultados distribuídos pela imprensa.
O rácio de capital total, que além dos fundos do CET1 inclui obrigações subordinadas por exemplo, fixou-se em 16,3% em Setembro, face a 19,8% na mesma data do ano passado.
No balanço, o crédito subiu 17,1% para 41,3 mil milhões de euros (ajuda do segmento de empresas), e os depósitos cresceram 22% para 39,5 mil milhões.
“Rácio CET1 continua muito acima do que é necessário. ANTÓNIO VIEIRA MONTEIRO Presidente executivo do Santander Totta