Jornal de Negócios

Os quatro pilares

- FERNANDO SOBRAL

Quando questionam­os Georges Kern sobre se a estratégia para a Breitling assenta numa nova lógica de pontos cardeais, de sul para norte (para descobrir novos consumidor­es) e de oeste para leste (do Ocidente para Oriente), ele aceita o desafio: “Nunca tinha pensado nisso. Mas não se importa que eu passe a utilizar esse conceito? Nós não queremos ser uma marca ocidental ou oriental. Queremos ser uma marca global. São diferentes mundos, mas é o mesmo consumidor. Temos uma estratégia que procura novos consumidor­es. O nosso ADN permite que a Breitling não seja artificial. Não temos de inventar a nossa história. Temos de a usar.” E abre o jogo: “Vamos ter uma linha para mulheres no mês de Abril. Precisamos de fazer outras coisas em que possamos ser diferentes. Há muitas marcas a fazer o mesmo. A questão não é mulher-homem, mas ser ‘cool’, jovem, face a ser tradiciona­l e conservado­r. Podemos fazer a diferença no estilo. Mas somos realistas.” Rejuvenesc­er, sem perder a identidade e ir em busca do crescente mercado asiático, é a prioridade.

É por isso que a Breitling busca, com novos embaixador­es (Charlize Theron, Brad Pitt, Kelly Slater, Stephanie Gilmore), outros consumidor­es, mais jovens. Alargar o âmbito da marca, torná-la mais jovem e “cool” é uma aposta forte. Não é por acaso que, em Portugal, a Breitling foi escolher para “embaixador” o actor Lourenço Ortigão, rosto que atinge um público que, até aqui, talvez não encontrass­e muitos motivos de ligação à marca.

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