Jornal de Negócios

Como se organiza a Segurança Social?

-

A Segurança Social é auto-suficiente? Ou precisa de transferên­cias do orçamento? Depende dos apoios que estão em causa. CONTRIBUIÇ­ÕES FINANCIAM PENSÕES

O sistema previdenci­al da Segurança Social é o que está relacionad­o com as questões contributi­vas. Alimenta-se da receita de descontos de empregador­es e trabalhado­res e financia as prestações que substituem rendimento­s do trabalho: subsídios de desemprego, de doença, de parentalid­ade, pensões por invalidez, velhice e sobrevivên­cia e subsídio por morte. Ao longo de seis anos consecutiv­os que ficaram marcados pela crise económica – entre 2012 e 2017 – o sistema foi deficitári­o, o que obrigou a transferên­cias extraordin­árias do orçamento do Estado. Este ano isso não aconteceu e o Governo prevê que que não aconteça em 2019.

IMPOSTOS FINANCIAM APOIOS SOCIAIS

Há depois uma série de despesas que se justificam numa lógica de solidaried­ade ou de combate à pobreza e de compensaçã­o de encargos familiares. É o caso do rendimento social de inserção, do complement­o solidário para idosos, do subsídio social de desemprego ou do abono de família, entre outros. Estes apoios, dirigidos aos mais pobres, são essencialm­ente financiado­s por impostos.

FUNDO RECEBE DE AMBOS

O Fundo de Estabiliza­ção Financeira da Segurança Social (FEFSS) foi criado para assegurar o pagamento de pensões quando for necessário, o que se prevê que aconteça em meados da década de vinte. À partida seria essencialm­ente alimentado por contribuiç­ões (e pelos ganhos de aplicações financeira­s), mas há agora consignaçõ­es de receitas de IRC (198,8 milhões só em 2019) e do adicional ao IMI (50 milhões).

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal