Economia acelera para máximos de 2016
A economia britânica cresceu 1,5% entre Julho e Setembro, em comparação com o mesmo período do ano passado. A aceleração é mais notória quando se compara com o trimestre anterior: o PIB do Reino Unido expandiu 0,6% em cadeia, o ritmo mais elevado desde o final de 2016, exactamente o ano em que os britânicos votaram para sair da União Europeia.
Este poderá ser um sinal positivo para a economia do país que, em Março do próximo ano, se divorcia oficialmente de Bruxelas. Neste momento, decorrem as negociações sobre o acordo de saída, existindo a expectativa de que se possa concretizar até 21 de Novembro.
O motor da economia britânica durante o Verão foi o consumo privado (+0,5%, em cadeia), aliado às exportações. Já o investimento continua em queda (-1,2%, em cadeia) no Reino Unido devido às preocupações sobre o Brexit.
Quanto aos sectores, foram os serviços a dar o maior contributo, apesar do abrandamento. Já o sector da construção e o da indústria deram um contributo menos positivo, mas estão em aceleração.
Numa análise mensal, é possível concluir que em Julho a economia acelerou, mas depois estagnou tanto em Agosto como em Setembro. A oscilação da economia britânica durante este ano tem sido afectada por efeitos temporários, o que dificulta a interpretação sobre o rumo da economia. O primeiro trimestre foi pressionado pelo mau tempo.
“Quem tem um modelo de previsões que não está ajustado sistematicamente produz resultados não ajustados à realidade.
Já o final do segundo trimestre e o início do terceiro trimestre beneficiaram de um tempo quente que não é habitual, do casamento real e do Mundial 2018. Em Setembro, a alteração da regulação dos automóveis afectou as vendas em toda a Europa.