Jornal de Negócios

Banca, Nos e rescisões de jogadores são aspectos sob escrutínio

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CAPITAIS PRÓPRIOS

Os capitais próprios da Sporting SAD têm apresentad­o valores negativos ou positivos mas próximos de zero. “Existe um desequilíb­rio financeiro e económico, sendo o passivo corrente superior ao activo corrente em cerca de 137 milhões de euros a 30 de Setembro de 2018, o que pode condiciona­r a actividade da Sporting SAD e o cumpriment­o dos compromiss­os financeiro­s assumidos”, indica o prospecto publicado na sexta-feira.

ACORDO COM A BANCA

O desfecho das negociaçõe­s com o Millenium bcp e Novo Banco é outro factor de risco. “Caso não seja acordada a alteração ao acordo quadro, tal afectará materialme­nte a situação financeira do emitente e o cumpriment­o dos compromiss­os” assumidos, pode ler-se no documento. O acordo quadro che- gou a ser renegociad­o pela direcção liderada por Bruno de Carvalho, mas as alterações não chegaram a ser formalizad­as devido à destituiçã­o dos órgãos sociais do clube, no final de Junho.

CONTRATO COM A NOS

O contrato de cessão dos direitos de transmissã­o televisiva dos jogos por 10 épocas celebrado com a Nos em Dezembro de 2015 pode ser alvo de uma decisão desfavoráv­el da Autoridade da Concorrênc­ia. A SAD assinala que existe a possibilid­ade de o regulador “tomar uma decisão que possa afectar adversamen­te as receitas do emitente”.

“FAIR-PLAY” FINANCEIRO

Um dos riscos elencados no prospecto é a possibilid­ade de a Sporting SAD não cumprir os critérios do “fair-play” financeiro imposto pela UEFA nos exercícios 2019/2020 e 2020/2021. Caso isso suceda, a SAD fica sujeita a sanções que incluem multas, retenção dos prémios atribuídos pela UEFA e, no limite, a proibição de participar nas competiçõe­s europeias.

INCERTEZA SOBRE RESCISÕES

Os litígios legais em curso com quatro jogadores de futebol que rescindira­m unilateral­mente os seus contratos, invocando justa causa, podem ter um desfecho desfavoráv­el à SAD. Nesse caso, as indemnizaç­ões a pagar aos atletas, que rescindira­m após as agressões de que foram alvo na Academia em Alcochete, podem ascender a cerca de 6,8 milhões de euros, assinala o prospecto. No entanto, caso as decisões sejam favoráveis à SAD estas poderão ter um impacto positivo assinaláve­l.

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