Jornal de Negócios

Carga fiscal sobre consumo é das maiores

- SUSANA PAULA

Os impostos sobre o consumo representa­vam 12,9% daeconomia portuguesa em 2016, uma das cargas fiscais mais altas entre os mais de 30 países daOrganiza­ção paraaCoope­ração e Desenvolvi­mento Económico (OCDE).

Segundo o relatório “Tendências dos Impostos de Consumo 2018” divulgado esta terçafeira pela OCDE, Portugal é o sétimo país onde o peso destes impostos no PIB é maior, ficando atrás da Grécia, Dinamarca, Estónia, Finlândia e da Hungria (onde o peso destes impostos no PIB era 16,2%, o maior dos países da OCDE).

Mas Portugal também fica entre os países onde estes impostos, que incluem o IVA e os especiais sobre o consumo sobre o consumo (como sobre o álcool e o tabaco), mais contribuem para o total de receita fiscal arrecadada.

Neste caso, Portugal, onde estes impostos representa­m 37,7% do total de receita fiscal arrecadada, fica atrás de países como a Lituânia, o México, a Letónia, da Hungria, da Estónia, da Turquia e do Chile.

Na média da OCDE, os impostos sobre o consumo representa­vam 30,6% do total da receita fiscal em 2016.

Segundo a organizaçã­o internacio­nal, as receitas com estes impostos caíram entre 2005 e 2009, em consequênc­ia da crise económica mundial, e regressara­m agora a níveis pré-crise, devido sobretudo ao “aumento das taxas normais de IVA em vários países”.

No entanto, isso ainda não é visível em Portugal. Apesar de Portugal ter das taxas normais de IVA mais elevadas da OCDE (23%), os impostos sobre o consumo representa­vam 13,2% do PIB e 42,7% do total da receita arrecadada em 2005. Em ambos os casos, Portugal não voltou a estes níveis.

“se as alterações climáticas continuare­m a avançar, acabar-se-á com décadas de progresso mundial na saúde.

“ACORDO PROVISÓRIO” SOBRE ORÇAMENTO

O Conselho da UE e o Parlamento Europeu (PE) chegaram a um “acordo provisório” sobre o orçamento para 2019. Após uma primeira ronda negocial sem acordo, a Comissão Europeia apresentou na passada sexta-feira um segundo rascunho, que foi agora provisoria­mente aprovado por Conselho e PE. “Este acordo abre caminho para que o orçamento seja adoptado antes do final do ano”, salienta a presidênci­a austríaca.

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