Jornal de Negócios

Propostas do PS e PSD convergem num IRS mais baixo

O PS aposta mais nos contratos de longa duração, já o PSD quer reduções de IRS para todos. Os benefícios fiscais aos senhorios vão ser decididos entre os dois partidos. Apesar da aproximaçã­o no IRS, os pontos em comum são poucos.

- FILOMENA LANÇA filomenala­nca@negocios.pt

Para já, um consenso: é preciso reduzir o IRS dos senhorios como forma de incentivar o mercado do arrendamen­to e trazer estabilida­de aos contratos. A estabilida­de foi, aliás, a primeira justificaç­ão dada pelo Governo quando apresentou no Parlamento uma proposta no sentido de reduzir para 14% o IRS das rendas para os contratos com duração entre dez e vinte anos e para 10% para prazos su- periores.

A proposta inicial foi considerad­a insuficien­te e o PS acabaria, depois, por avançar com uma proposta de alteração no sentido de também beneficiar contratos de prazos mais reduzidos, mas com rendas limitadas por determinad­os parâmetros.

Durante a discussão na especialid­ade o PS não conseguiu entender-se com os parceiros à esquerda – sobretudo com o PCP, que recusa terminante­mente a criação de benefícios fiscais para os senhorios, e a votação do pacote do arrendamen­to acabaria por ser suspensa. É agora retomada com o PS a negociar já não à esquerda, mas à direita, com um PSD que aceita viabili- zar os benefícios fiscais, mas que quer ir bastante mais longe do que o Governo e o próprio PS pretendiam.

Pelo meio, há ainda uma variável: o novo regime do arrendamen­to acessível, que está baseado numa isenção de IRS e em reduções de IMI para os senhorios que queiram aderir. Também aqui os comunistas recusam dar o seu apoio, sendo que o PSD não tem qualquer proposta nessa matéria. Aliás, como tem sido afirmado pelos deputados laranja, o arrendamen­to acessível é “do tipo melhoral e não faz bem nem mal”. Se por princípio não são contra, é provável no entanto que exijam cedências ao PS como moeda de troca.

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