Jornal de Negócios

Novos tempos em Portugal

A nova loja da Tissot em Lisboa trouxe a Portugal François Thiébaud, histórico CEO da marca, considerad­o um dos mais influentes dirigentes do grupo Swatch.

- FERNANDO SOBRAL

ESTA N OVA LOJA TISSOT VI U A SUA ÁREA DE VEN DAS AUM ENTADA E PASSA AGORA A CONTAR COM UM “LAYOUT” MAIS MODERN O E UMA N OVA ORGAN IZAÇÃO DO ESPAÇO – QUE COLOCA EM DESTAQU E O N OVO CON CEITO DE EXPOSI ÇÃO: OS RELÓGI OS SÃO AGORA APRESENTAD­OS N UMA DISPOSI ÇÃO EM ALM OFADAS. A LOJA DO COLOM BO CONTA COM A MAI OR COLECÇÃO DA MARCA A NÍVEL NACI ONAL, COM MAIS DE 300 MODELOS DAS COLECÇÕES DESPORTIVA­S E DAS COLECÇÕES CLÁSSI CAS DA TISSOT.

Aabertura da nova loja em Lisboa (no caso, no Centro Comercial Colombo) da Tissot serviu como razão para a vinda até nós de François Thiébaud, histórico CEO da marca. Há muito que ele é um dos mais influentes dirigentes do grupo Swatch. Profundo conhecedor da realidade do mercado e da indústria relojoeira, trocou algumas palavras connosco. Tem inúmeras recor- dações de Lisboa (incluindo uma, com o conhecido Fernando Pessa).

Conversado­r inato, não deixa também de falar dos smartwatch­es (a Tissot foi a primeira marca a lançar um, em 1999): “Para mim, o que leva um consumidor a comprar um relógio é, principalm­ente, a confiança. Comprar um Tissot é sobretudo uma acção de confiança. Se não confiarmos num produto, não o compramos. É, por isso, necessário ganhar a confiança do comprador. E isso é um processo longo, que às vezes leva décadas a conseguir. Nós fomos conseguind­o cimentar essa relação durante décadas. E fomos melhorando os nossos produtos. Esse é o segredo do nosso sucesso”, defende. E como é que isso se garante neste presente tão volátil? François Thiébaud responde: “Temos de ter a mente aberta e seguir as tendências. Temos de criar relógios atraentes para os consumidor­es. E não apenas para quem os cria.”

A Tissot comemora este ano 165 anos. É uma data simpática. François Thiébaud sorri: “É uma honra trabalhar numa marca que tem esta idade. Nunca parámos de produzir relógios durante um único dia. Nem durante a II Guerra Mundial. A nossa história é sobre as pessoas, a evolução do tempo. Isso significa combinar a tecnologia com o design para produzir belos relógios. Queremos que as pessoas estejam apaixonada­s pelo tempo.” O líder da marca tem boas expectativ­as para o futuro próximo: “As minhas expectativ­as são boas. Poderemos nunca atingir o topo de uma montanha, mas temos de tentar chegar o mais alto possível. Isso é excitante.”

Sobre o mundo dos smartwatch­es, acha que não foi isso que trouxe a crise. “Fomos afectados na Europa, mas estivemos bem na Ásia. Ganhámos ‘share’ de mercado por causa dos nossos preços competitiv­os e dos nossos produtos inovadores. Penso que iremos crescer bem na próxima década.” Para já, François Thiébaud está contente com o mercado português e com a abertura da nova loja da Tissot. Remodelada, implementa um novo conceito de exposição que a marca tem vindo a realizar a nível internacio­nal nos últimos tempos.

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