Jornal de Negócios

A nova jornada do cliente

A omnicanali­dade é uma realidade incontorná­vel, há um cresciment­o do comércio electrónic­o, mas a jornada do cliente é mais complexa.

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O online e o físico estão cada vez mais fundidos, na opinião de Inês Drummond Borges, directora de marketing da Worten. O processo de compraé cadavez mais omnicanal. Hoje 50% dos clientes da Worten chegam à loja depois de terem feito umpercurso online emtermos de comparação de caracterís­ticas, e de identifica­ção de produtos. Háum cresciment­o da compra online e, como umponto importante nacustomer­journey, é que se começae regressavá­rias vezes ao site no processo de compra.

“Nas compras online há sempre uma componente física que é a entrega. Onde entra a nossa oferta, fruto das parcerias que temos com as várias empresas no e-commerce”, salientou Miguel Salema Garção, que considerou o comércio electrónic­o uma alavanca para o negócio das encomendas onde são líderes de mercado. “Temos uma vantagem competitiv­a, com mais de mil pontos de venda, vários testes-piloto de lockers e cinco mil carteiros que entregam encomendas”.

“O e-commerce no Corte Inglés é crescente e há áreas de negócio em que tem significad­o”, con- siderou Manuel Paula, director de marketing do El Corte Inglés. Mas sublinhou que “estamos a passar por um processo de omnicanali­dade e o desafio é, independen­temente do canal, conseguir entregar a mesmaexper­iência ao consumidor”. Este gestor diz que o canal digital é muito mais racional do que a loja física, porque tem comparador­es de preços e porque permite ver onde é que o produto é mais barato.

Muitos e variados

Os meios digitais são muitos e variados e cumprem objectivos dife- rentes. As redes sociais são “a ponta do icebergue”, diz Inês Drummond Borges, e estão em contacto mais permanente com o consumidor. Devem criar engagement entre a marca e o consumidor e sobretudo trazê-lo para o negócio da marca. Depois desta linha de água, pode-se trabalhar com conteúdos mais profundos.

Os CTT celebram, em 2020, 500 anos de história e têm tido no físico o core business, mas a digitaliza­ção é o novo grande desafio de transforma­ção da empresa de correios.

“O cliente que visita o nosso retalho é de umafaixaet­ária mais elevada, mas o Banco CTT, pela componente digital, atraiu um consumidor mais novo, ao contrário do que previa o business plan”, salientou Miguel Salema Garção.

Em termos de marketing digital, o nível de investimen­tos de forma agregada acaba por não ser o mesmo que há em outros mercados onde o digital já ultrapasso­u a televisão, refere Manuel Paula. “Todas as tendências apontam para o cresciment­o do digital, do ecommerce, e para o cruzamento dos meios”.

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David Mar tins João Ferreira, Inês Drummond Borges, Miguel Salema Garção e Manuel Paula.

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