“Espero investimento nacional em todas as obras portuárias”
A ministra do Mar diz que além de grupos chineses, indianos e europeus, também operadores portuários nacionais se estão a movimentar para concorrerem, a sós ou em consórcio, aos projectos dos novos terminais.
Aministra do Mar aponta o lançamento dos concursos para os novos terminais portuários de Sines e Barreiro para o próximo ano, reconhecendo que a avaliação tem demorado mais tempo do que se previa. E mostra-se confiante que surjam muitos concorrentes.
O Presidente chinês esteve recentemente em Portugal e já muito se tem falado sobre as intenções do investimento chinês nos portos. Vamos ter capital chinês em Sines?
Espero ter investimento estrangeiro e nacional em todas as obras que vão ser lançadas. Neste momento não posso garantir qual vai ser a nacionalidade do capital, porque vão ser lançados concursos públicos internacionais, e ganham os melhores. O que posso garantir é que existe uma manifestação de interesse muito forte por parte das empresas chinesas e também se reconhece um interesse estratégico de Portugal naquilo que é a nova Rota da Seda, em que a entrada e a saída para o Atlântico pode ser Portugal. Aliás, não existem alternativas aos portos portugueses.
Está certa de que grupos chineses irão concorrer?
Eles irão concorrer e não é só a Sines [ao futuro terminal Vasco da Gama], mas a vários concursos. Além dos terminais que vamos lançar, há mais obras a decorrer e a ser lançadas. Aliás, já foram feitos investimentos de cerca de 300 milhões de euros na área portuária, en- globando todo o tipo de portos.
A consulta pública do projecto do terminal do Barreiro ter- minou. Quando haverá condições para lançar o concurso?
Vamos ver como é a declaração de impacte ambiental (DIA) porque o procedimento só está dependente disso. Muitas vezes as DIA são favoráveis, mas condicionadas à execução de determinadas medidas. Às vezes impõem-se condições que têm de ser incorporadas nas peças do concurso.
Os concursos só serão lançados no próximo ano?
Sim. As avaliações de impacte ambiental têm demorado mais tempo do que os mínimos previstos. Mas neste momento para o terminal Vasco da Gama e o terminal do Barreiro existe agora uma perspectiva de já terem uma solução ambientalmente viável. Trata-se de uma questão de mais um ou dois meses. E também relativamente a Leixões, em que vai ser feito um novo terminal, com maior profundidade, que vai permitir o acesso de navios com maior calado. Será feito em duas partes: por um lado, temos o prolongamento do molhe e o aprofundamento do canal e da bacia de rotação e, por outro lado, temos a construção e a concessão do próprio terminal.
“Já foram feitos investimentos de cerca de 300 milhões de euros na área portuária.”
“As avaliações de impacte ambiental têm demorado mais do que os mínimos previstos.”
E espera que haja muitos concorrentes interessados nesses novos terminais?
Espero, sinceramente. Tem havido manifestações de interesse frequentes, nomeadamente de empre-