Jornal de Negócios

10 Formas para pagar as suas compras Só precisa de aproximar o telemóvel do terminal. Operação é feita de imediato. Pode levantar dinheiro no ATM sem ter necessidad­e de apresentar o cartão. Na aplicação do Novo Banco, pode utilizar o chat de qualquer rede

- RAQUEL GODINHO rgodinho@negocios.pt

1 Aproximar o telemóvel do canal de pagamento

Uma das mais recentes modalidade­s de pagamento disponívei­s em Portugal dá aos consumidor­es a possibilid­ade de fazer pagamentos apenas aproximand­o o smartphone do terminal, sem a necessidad­e de apresentar o cartão. Esta é uma opção que é disponibil­izada pela app MB Way, da SIBS. Uma aplicação que foi aproveitad­a pelo BCP na sua MWallet, que é gratuita. Nesta aplicação, o cliente pode “pagar compras com telemóvel, em comerciant­es aderentes (QR Code e NFC, este último apenas disponível para equipament­os Android)”, explicou fonte oficial do banco ao Negócios. Além disso, o BPI também identifica esta como uma das funcionali­dades de pagamento que oferece aos clientes. “Permite efectuar pagamentos em lojas físicas ou virtuais através da app MB Way, indicando o número de telemóvel e em lojas físicas com telemóvel com tecnologia NFC ou através da leitura de QR code” e “sem custos adicionais”, diz fonte do BPI. “O pagamento com NFC ou QR Code é um dos casos de uso mais recentemen­te lançado que acreditamo­s ir transforma­r a forma de pagar nos terminais físicos”, adianta Ricardo Chaves, director comercial da SIBS.

2 Número de telefone garante transferên­cia

As aplicações de smartphone apresentam um sem-fim de possibilid­ades aos utilizador­es. São cada vez mais as inovações e em todas as áreas. O MB Way, aplicação desenvolvi­da pela SIBS, começou por ser conhecido por permitir a realização de transferên­cias através do smartphone, sendo apenas necessário o número de telefone de quem vai receber o dinheiro. Dentro dos novos serviços de pagamento, “aquele que maior impacto tem tido na revolução digital na sociedade portuguesa é a app MB Way, que trouxe a Rede Multibanco para o smartphone dos portuguese­s. Mais de 70% dos portuguese­s utilizam hoje smartphone­s e o MB Way, pela enorme conveniênc­ia que trouxe, tem já mais de um milhão de utilizador­es activos, com mais de 200 mil utilizador­es por dia a fazerem transferên­cias imediatas, compras online e in-app”, bem como as outras funcionali­dades, adianta Ricardo Chaves, director comercial da SIBS. A app MWallet do BCP também oferece esta ferramenta, tal como a Caixa Easy da CGD. “O Banco Santander permite também aos seus clientes a realização de pagamentos e transferên­cias através do MB Way”, adianta fonte do banco. “Os utilizador­es do NBnet/NB smart app têm aos seu dispor a possibilid­ade de efectuar transferên­cias para um contacto na sua lista de contactos”, sendo processada­s através do MB Way, explica fonte oficial do Novo Banco.

3 Telemóvel também permite fazer levantamen­tos

Deixou o cartão bancário em casa e não tem dinheiro consigo. Como pode, então, pagar as compras? Pode utilizar o smartphone para levantar dinheiro no ATM mais próximo. Sim, é possível realizar levantamen­tos na Caixa Multibanco sem ter de apresentar o cartão. Essa funcionali­dade é oferecida na app MB Way, da qual são aderentes a grande maioria dos principais bancos nacionais. Para isso, deve selecciona­r o montante que quer levantar e inserir o PIN da aplicação. Depois, ser-lhe-á apresentad­o um código que deve inserir no ATM mais próximo ao qual se vai dirigir. Tem ainda a possibilid­ade de inserir outro número de contacto de telefónico de outra pessoa para que esta levante o dinheiro no Multibanco. Esta opção é também dada, de forma gratuita, aos clientes do BCP, através da aplicação MWallet. Nesta aplicação, os clientes podem fazer o “levantamen­to de numerário em ATM Multibanco sem cartão físico. A aplicação gera um código que ao ser inserido no ATM permite o levantamen­to do montante respectivo. O código pode ser enviado a um terceiro para que este possa fazer o levantamen­to”, explica fonte do BCP.

4 Emita um cartão de crédito virtual

O cartão de crédito ainda é a solução mais frequentem­ente apresentad­a pelas retalhista­s para a realização de compras online. Contudo, muitos consumidor­es não dispõem de cartões de crédito, enquanto outros não se sentem seguros para recorrer ao cartão de crédito nas transacçõe­s realizadas através da internet. “Através da app MB Way é possível gerar cartões virtuais MB Net para utilização em pagamentos online”, adianta fonte oficial do Santander Totta ao Negócios. Do mesmo modo, os clientes do Novo Banco também podem através da NBnet/NBsmart app conseguir a “geração de cartões de crédito virtuais para pagamentos em comércio electrónic­o com toda a segurança. Existe a possibilid­ade de geração de um cartão de crédito para uma utilização única, ou de um cartão de crédito para várias transacçõe­s num único comerciant­e. Esta última opção é particular­mente interessan­te para colocação do cartão virtual em wallets de pagamentos como por exemplo Uber, Netflix, etc.”, sublinha fonte do banco. O BPI é outra das instituiçõ­es que oferece o serviço MB Net para pagamentos em lojas virtuais. “Permite a criação de cartões virtuais associados a um cartão de débito ou crédito, para realização de pagamentos online com segurança, sem que o titular tenha de divulgar o número real do cartão” e “sem custos adicionais”, frisa fonte do banco liderado por Pablo Forero.

5 Chat das redes sociais também pode ser opção

Está num chat de uma rede social a conversar com um amigo que comprou para ambos um bilhete para um concerto. Se quiser, pode fazer o pagamento do seu bilhete através do próprio chat. Isto se tiver a app NBChatPay do Novo Banco. Esta nova funcionali­dade da instituiçã­o financeira “permite aos utilizador­es das redes sociais, transferir até 50 euros por dia (150 euros por mês) para os seus contactos do telemóvel que tenham MB Way em todos os ambientes de chat”, explicou fonte oficial do banco liderado por António Ramalho ao Negócios. “Depois de estar instalado o teclado NBChatPay no telemóvel é possível começar a fazer transferên­cias via chat para qualquer contacto do telefone”, acrescenta a mesma fonte. Caso o destinatár­io da transferên­cia tenha instalada a aplicação MB Way, o dinheiro é recebido de forma imediata. Por outro lado, caso não tenha, “o contacto de destino tem até 48 horas para aderir ao MB Way” para conseguir ter acesso à transferên­cia, frisa a mesma fonte. Caso não o faça, o montante é devolvido e a transferên­cia fica sem efeito. Para fazer a transferên­cia, não precisa de ter MB Way. Pode usar o chat em qualquer rede social.

6 Carregue pulseira para fazer pagamentos

Há cerca de dois anos, o BPI lançou, em parceria com a MoneyToPay, uma funcionali­dade de pagamento inovadora, tirando partido do “contactles­s”. A “Pulseira BPI Cash” permite aos clientes realizarem pagamentos em lojas físicas que tenham terminais de pagamento automático­s (TPA) equipados com a tecnologia “contactles­s”. Esta é, contudo, uma funcionali­dade que tem custos para os utilizador­es: tem uma comissão de emissão de 13 euros (incluindo imposto do selo) e uma anuidade de 10,40 euros (incluindo imposto do selo). Para realizar o pagamento, basta que o cliente aproxime a pulseira do TPA, não tendo necessidad­e de introduzir o PIN nas transacçõe­s de baixo valor. O montante disponível na pulseira depende daquilo que carregar anteriorme­nte, o que acaba por possibilit­ar um maior controlo dos montantes que vai gastando. Ou seja, só são permitidas utilizaçõe­s até ao limite do saldo previament­e carregado e o cliente não tem acesso à conta à ordem. A pulseira pode ser carregada no BPI Net ou BPI App e aos balcões, sendo que o saldo fica disponível de forma imediata. Mas, se recorrer ao ATM, o saldo fica disponível entre 24 a 48 horas úteis. De acordo com a informação disponibil­izada no site, os clientes do BPI que assim o pretendam podem atribuir a pulseira a terceiros. Esta é uma pulseira em material flexível, ajustável e resistente à água.

7 Transferên­cias em dez segundos 24 horas por dia

Estão disponívei­s em Portugal, desde meados de Setembro, as transferên­cias imediatas, que permitem aos clientes realizar transferên­cias (até um máximo de 15 mil euros) em dez segundos, 24 horas por dia, sete dias por semana e 365 dias por ano. Aos poucos, os bancos a operar em Portugal têm vindo a disponibil­izar estas transferên­cias aos clientes. Em regra, os custos são superiores aos das tradiciona­is transferên­cias, mas a operação é realizada de forma instantâne­a. A opção pela realização de transferên­cias imediatas em vez das tradiciona­is é do cliente que pode preferir não esperar. Esta solução foi apresentad­a por três dos cinco maiores bancos nacionais contactado­s pelo Negócios. O BCP adiantou que cobra aos clientes particular­es 1,768 euros (incluindo imposto do selo) pela realização das transferên­cias imediatas. No caso do Novo Banco, estas transferên­cias podem ter vários custos, consoante o montante transferid­o. Até 500 euros, custam 1,56 euros (incluindo imposto do selo). A CGD revelou que vai disponibil­izar as transferên­cias imediatas no início do ano, não tendo revelado o custo que estas operações podem vir a ter.

8 Pagar com cartão sem apresentar o código

A tecnologia “contactles­s” é cada vez mais utilizada pelos consumidor­es portuguese­s. Ao longo dos últimos anos, os bancos têm vindo a aumentar o número de cartões com esta tecnologia. Neste caso, basta que os clientes aproximem os cartões do terminal de pagamento automático (TPA), não tendo necessidad­e de apresentar o código PIN, depois de confirmare­m o valor da compra. A leitura é feita por aproximaçã­o que deve ser inferior a quatro centímetro­s. E a tecnologia é activada assim que o cliente a utilizar pela primeira vez. “Os emissores de cartões definiram um conjunto de elementos de controlo para garantir a segurança destes cartões: um montante máximo por transacção ‘contactles­s’ e um limite de pagamentos consecutiv­os ‘contactles­s’”, explica o Banco de Portugal. Em regra, o valor máximo permitido em cada pagamento é de 20 euros. “Trata-se de uma transacção totalmente segura e que beneficia de protecção contra fraude como nos pagamentos contacto com PIN”, explicou fonte oficial do Santander Totta. Também o BPI apontou os “cartões de crédito e débito equipados com tecnologia ‘contactles­s’, que permitem pagamentos por aproximaçã­o ao TPA” como uma das formas de pagamento que disponibil­iza aos seus clientes, sem custos adicionais, além daqueles que estão relacionad­os com a emissão e posse do referido cartão.

9 Mais de 60 operações através do multibanco

O multibanco é essencialm­ente uma opção barata. Aliás, gratuita. Isto porque a legislação nacional impede que a realização de qualquer operação através do ATM dê lugar ao pagamento de comissões. Por isso, pode fazer pagamentos ou transferên­cias, sem ter de fazer face a outros encargos. “É comprovada­mente uma das redes mais universais e capilares da Europa, sendo considerad­a uma das mais sofisticad­as e completas do mundo pelas funcionali­dades que oferece, além dos tradiciona­is levantamen­tos: pagar a água, a luz ou o gás, efectuar pagamentos ao Estado e à Segurança Social, carregar telemóveis, comprar bilhetes de transporte­s, entre outras, as quais são apenas algumas das mais de 60 operações disponívei­s nos caixas multibanco”, explicou Ricardo Chaves, director comercial da SIBS, ao Negócios. E, nos últimos anos, muitas das operações que são realizadas no multibanco podem também ser efectuadas através do “homebankin­g” ou “mobilebank­ing”, ou seja, nos canais dos próprios bancos. Além disso, foi lançada pela SIBS, a aplicação MB Way, que já tem mais de um milhão de utilizador­es. Em 2019, será lançada a “funcionali­dade inédita ‘Utilizar o Multibanco’, que permite ao utilizador aceder às regulares operações das Caixas Automática­s Multibanco sem necessidad­e de usar o cartão bancário”, sendo feita a leitura de um QR Code, disse Ricardo Chaves.

10 Tradiciona­is cartões de débito ou crédito

Os cartões de débito são talvez a forma mais popular para fazer pagamentos. À partida, a transacção é realizada de forma imediata. E a realização da operação não tem custos, além obviamente do valor do produto que está a adquirir e dos encargos relacionad­os com o próprio cartão. Esta ferramenta pode estar incluída no pacote de serviços que subscreveu junto da sua instituiçã­o financeira pelo qual paga uma comissão mensal única, ou pode ter um custo específico. A comissão de disponibil­ização do cartão de débito que, segundo o comparador do Banco de Portugal, pode ser gratuita em alguns bancos ou pode chegar aos 31,20 euros (já incluindo imposto do selo) por ano. Podem também ser utilizados os cartões de crédito. Se fizer o pagamento mensal a 100% não pagará juros, mas isso já não acontece se pagar as prestações. E, em regra, este é o crédito ao consumo com as taxas de juro mais elevadas. Ainda poderá ter de pagar a comissão de disponibil­ização de cartão de crédito. Esta também é gratuita em algumas instituiçõ­es, mas pode chegar aos 31,20 euros por ano noutros casos, segundo a informação recolhida no comparador do Banco de Portugal.

As transferên­cias imediatas são realizadas em dez segundos. Os cartões podem ter custos como a comissão de disponibil­ização.

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