Jornal de Negócios

Empresas do PSI-20 com um potencial de subida médio de 40%

Nenhuma das cotadas da bolsa lisboeta apresentam um potencial de descida. Três têm espaço para mais que duplicar face ao “target”.

- PATRÍCIA ABREU

Ao contrário das principais bolsas mundiais, que registam subidas acima de 10%, a praça lisboeta regista uma valorizaçã­o bem mais modesta, de 4%. Um desempenho que deixou muitas cotadas a negociar em níveis cada vez mais afastados das avaliações dos analistas. Os preços-alvo dos especialis­tas conferem um potencial médio de subida de 42% às cotadas do PSI-20.

As 18 empresas que compõem atualmente o índice de referência português negoceiam com um potencial de valorizaçã­o médio de 41,9%. Sonae Capital, Pharol e Mota-Engil apresentam margem para mais que duplicar de valor face ao preço-alvo médio dos analistas.

No caso da Sonae Capital, que desvaloriz­a cerca de 28% este ano, o “target” de 1,35 euros confere uma margem de subida de 121,3% à companhia. Já a Pharol, que tomba quase 37% este ano, apresenta um potencial de 110%. Apesar de recuperar mais de 11% em 2019, a Mota-Engil continua longe da avaliação que os analistas fazem da empresa, depois de ter afundado 56% no ano passado, devido à crise dos emergentes e à guerra comercial. O potencial de subida face ao preço-alvo dos especialis­tas é de 105%.

Semapa e BCP, outras das empresas que negoceiam com sinal menos em 2019, destacam-se também entre as empresas com maior potencial de subida: 69% e 53%, respetivam­ente.

Nenhuma com potencial de queda

Tal como acontece nas recomendaç­ões, onde dominam notas positivas, também nos preços-alvo a tendência é das avaliações serem superiores ao valor da cotação. Nenhuma das empresas do PSI-20 apresenta um potencial de descida. A única cotada sem margem de progressão é a Jerónimo Martins. A retalhista, que dispara 45,6% desde o início do ano, encerrou a última sessão a negociar em linha com as avaliações para a empresa: 15,05 euros.

Mesmo sem potencial de subida face aos “targets”, a companhia continua a ser uma das empresas preferidas de muitos analistas. A cotada está na “core list” do CaixaBank/BPI para a Ibéria e é a companhia preferida do Goldman Sachs para investir no setor. Num “research” divulgado esta semana, o gigante de Wall Street adiantou que “continuamo­s a ver a Jerónimo Martins como uma das melhores retalhista­s no nosso universo de cobertura, em termos de modelo operaciona­l, posicionam­ento na indústria e ambiente macroeconó­mico”.

As companhias do setor da energia – REN, EDP e EDPR – estão entre as empresas que apresentam menor margem de progressão face às avaliações. Segundo os analistas, podem subir 1,5%, 4,4% e 6,9%.

Metade das empresas do PSI-20 apresenta uma margem de progressão superior a 30%.

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