Empresas do PSI-20 com um potencial de subida médio de 40%
Nenhuma das cotadas da bolsa lisboeta apresentam um potencial de descida. Três têm espaço para mais que duplicar face ao “target”.
Ao contrário das principais bolsas mundiais, que registam subidas acima de 10%, a praça lisboeta regista uma valorização bem mais modesta, de 4%. Um desempenho que deixou muitas cotadas a negociar em níveis cada vez mais afastados das avaliações dos analistas. Os preços-alvo dos especialistas conferem um potencial médio de subida de 42% às cotadas do PSI-20.
As 18 empresas que compõem atualmente o índice de referência português negoceiam com um potencial de valorização médio de 41,9%. Sonae Capital, Pharol e Mota-Engil apresentam margem para mais que duplicar de valor face ao preço-alvo médio dos analistas.
No caso da Sonae Capital, que desvaloriza cerca de 28% este ano, o “target” de 1,35 euros confere uma margem de subida de 121,3% à companhia. Já a Pharol, que tomba quase 37% este ano, apresenta um potencial de 110%. Apesar de recuperar mais de 11% em 2019, a Mota-Engil continua longe da avaliação que os analistas fazem da empresa, depois de ter afundado 56% no ano passado, devido à crise dos emergentes e à guerra comercial. O potencial de subida face ao preço-alvo dos especialistas é de 105%.
Semapa e BCP, outras das empresas que negoceiam com sinal menos em 2019, destacam-se também entre as empresas com maior potencial de subida: 69% e 53%, respetivamente.
Nenhuma com potencial de queda
Tal como acontece nas recomendações, onde dominam notas positivas, também nos preços-alvo a tendência é das avaliações serem superiores ao valor da cotação. Nenhuma das empresas do PSI-20 apresenta um potencial de descida. A única cotada sem margem de progressão é a Jerónimo Martins. A retalhista, que dispara 45,6% desde o início do ano, encerrou a última sessão a negociar em linha com as avaliações para a empresa: 15,05 euros.
Mesmo sem potencial de subida face aos “targets”, a companhia continua a ser uma das empresas preferidas de muitos analistas. A cotada está na “core list” do CaixaBank/BPI para a Ibéria e é a companhia preferida do Goldman Sachs para investir no setor. Num “research” divulgado esta semana, o gigante de Wall Street adiantou que “continuamos a ver a Jerónimo Martins como uma das melhores retalhistas no nosso universo de cobertura, em termos de modelo operacional, posicionamento na indústria e ambiente macroeconómico”.
As companhias do setor da energia – REN, EDP e EDPR – estão entre as empresas que apresentam menor margem de progressão face às avaliações. Segundo os analistas, podem subir 1,5%, 4,4% e 6,9%.
Metade das empresas do PSI-20 apresenta uma margem de progressão superior a 30%.