Fundo Adar sai da Pharol. Patris é o novo acionista
A Real Vida Seguros, detida pela Patris, entrou para a estrutura acionista da antiga PT. A posição de 4,34% foi adquirida ao fundo Adar Macro e trata-se “apenas de um investimento financeiro”, segundo fonte oficial da Patris.
Aestrutura acionista da Pharol voltou a mudar. A Real Vida Seguros, detida pela Patris Investimentos, passou a ter uma posição de 4,34% na antiga PT.
Esta fatia foi adquirida ao fundo Adar Macro, disse ao Negócios fonte oficial da Patris, detida em 54,518% por Gonçalo Pereira Coutinho. O fundo com sede nas Ilhas Caimão e controlada por Zev Marynberg, já chegou a ser o maior acionista da entidade liderada por Luís Palha da Silva. Mas agora, com esta alienação, deixa de ter participação qualificada.
A mesma fonte oficial da Patris, que também é a gestora do fundo de recuperação de créditos do Grupo Espírito Santo (GES), garantiu ainda ao Negócios que a entrada na Pharol trata-se de “apenas um investimento financeiro”.
A Pharol , antiga PT SGPS, herdou a dívida de 897 milhões de euros da Rioforte à antiga PT, bem como a participação na operadora brasileira Oi que hoje ronda os 5%. Tal como muitos dos lesados da queda do GES, a entidade liderada por Palha da Silva tem um curso um processo de recuperação da dívida. Porém, de ano para ano as estimativas de devolução deste valor têm sido revistas em baixo estando atualmente nos 7% do total do montante.
Por sua vez, em agosto de 2017, a Patris foi a entidade escolhida pela associação dos lesados do papel comercial do BES para fazer a gestão do fundo de recuperação dos créditos.
Fonte da empresa explicou que este caso e o da Pharol, relativo à dívida da Rioforte, são processos distintos. E reforçou que a entrada na antiga PT se trata de um investimento financeiro, o qual pode vir a valorizar tendo em conta a performance da Oi, que concluiu recentemente o processo de reestruturação. Além disso, nas últimas semanas têm surgido várias notícias que dão conta do interesse da Telefónica, que no Brasil detém a Vivo, em comprar a Oi.
A operadora brasileira é a maior acionista da Pharol (10%), seguindo-se o Novo Banco (9,56%) e a High Bridge (4,88%). Esta última fatia passou a ser detida pelo BCP depois do incumprimento de um financiamento feito pela High Bridge, entidade que tem sido associada ao empresário brasileiro Nelson Tanure. Desde que ‘herdou’ esta posição, o BCP já a reduziu para metade.
A Patris é a gestora do fundo de recuperação de créditos do GES.