“O eleitorado castiga quem não aceita resultados com fair-play ”
O vice-presidente do PPE deixa uma espécie de alerta aos críticos de Rui Rio, defendendo que os eleitores costumam penalizar “quem não aceita resultados com fair-play”. Rangel prevê um Marcelo mais interveniente num segundo mandato presidencial.
Mesmo considerando “louvável” a candidatura que Luís Montenegro apresentou nas diretas de janeiro, Paulo Rangel defende que os eleitores não compreendem, e castigam, os políticos que “não aceitam resultados com fair-play”.
Ele diz o que qualquer pessoa sensata diria: é preciso escolher os melhores para as candidaturas e não os que são mais próximos.
É e nada terá a ver com uma pessoa estar mais numa corrente ou noutra do partido. Vejo isto como um sinal de abertura. ta mais aberta, mas compreendo a opção. Estou convicto de que não se poderá retirar uma conclusão política evidente da composição do Conselho Nacional.
Dizendo que para o PSD é muito importante que o seu candidato ganhe as presidenciais e que o candidato natural deve ser o incumbente. Mas Rui Rio deu argumentos convincentes. É que o próprio Presidente tem dito que está em ponderação e é preciso respeitar esse espaço.
Numa ou noutra coisa, o Presidente esteve mal a suportar demasiado o Governo, porém quando há um governo minoritário, a posição do Presidente é sempre mais delicada. Mas Marcelo é um príncipe da política e quem esperar que não vai haver surpresas e novidades no segundo mandato, ou não conhece o historial de Marcelo Rebelo de Sousa ou o histórico da presidência da República. Os dois juntos deverão trazer surpresas elas próprias surpreendentes.
Basta conhecer o perfil do Presidente e a sua história e conhecer o que é o exercício dos segundos mandatos pelos Presidentes para saber que haverá maior ação presidencial. É natural que o seu perfil político apareça mais sublinhado a partir de uma reeleição.