Jornal de Negócios

Os casos de Tomás Correia e o Banco de Portugal

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Não é a primeira vez que o ex-presidente da associação mutualista é alvo de uma contraorde­nação por parte do Banco de Portugal. O regulador já condenou Tomás Correia ao pagamento de uma coima de 1,25 milhões de euros por irregulari­dades no Montepio.

CONDENAÇÃO POR IRREGULARI­DADES

O Banco de Portugal condenou, no início do ano passado, Tomás Correia a pagar 1,25 milhões de euros por alegadas irregulari­dades no Montepio. De acordo com o regulador, houve uma quebra nas regras de controlo interno e desrespeit­o pelas normativas definidas nos regulament­os. Também o próprio Montepio foi condenado a pagar 2,5 milhões de euros. Tanto o banco como Tomás Correia contestara­m. Mais tarde, o Tribunal da Concorrênc­ia, Regulação e Supervisão veio declarar nula a nota de ilicitude emitida pelo regulador, conforme foi avançado pela Lusa. Isto porque considerou que foi violado o direito à defesa na fase administra­tiva, determinan­do a anulação da acusação. O BdP recorreu.

NOVO PROCESSO EM CURSO

Em dezembro de 2019, o BdP decidiu avançar com nova contraorde­nação, naquele que foi um processo aberto em março de 2017. O supervisor liderado por Carlos Costa indiciou Tomás Correia por seis infrações, incluindo o incumprime­nto do dever de manter um sistema de controlo interno adequado, mas também de implementa­r e assegurar um sistema de controlo interno adequado. Segundo o Público, em causa está a eventual especulaçã­o com dívida pública e violado os limites de investimen­to em dívida na PT. No total, as coimas podem chegar aos 7,5 milhões de euros. O gestor tem 30 dias, desde a publicação da notificaçã­o, para apresentar a sua defesa.

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