PESSIMISMO CRESCENTE
Com a pandemia de covid-19 a durar mais do que o previsto, e as economias a serem forçadas a retirar as medidas de confinamento de forma mais progressiva, as previsões para a recessão deste ano são cada vez mais negras.
26 de março
O Banco de Portugal publica a primeira projeção para a economia portuguesa num ano de pandemia. Num cenário central espera uma contração de 3,7%, mas num cenário mais severo admite uma queda de 5,7% do PIB.
14 de abril
O FMI apresenta uma previsão de recessão de 8% para a economia portuguesa. À luz das expectativas criadas pelo Banco de Portugal, a projeção parecia demasiado pessimista. Nessa data antecipou uma contração de 7,5% para a Zona Euro. Mais tarde, em junho, reviu a previsão dos países da moeda única para 10,2%.
6 de maio
A Comissão Europeia espera uma contração de 6,8% para a economia portuguesa, um valor menos negativo do que o antecipado para o conjunto da Zona Euro (que era de 7,7%).
3 de junho
O Conselho das Finanças Públicas acentua o pessimismo para a economia nacional e apresenta uma projeção de 7,5% para este ano. Mas no dia seguinte o Ministério das Finanças apresentou o Orçamento do Estado suplementar ancorado nas projeções de maio de Bruxelas, mais otimistas, e já com um mês.
10 de junho
A OCDE espera uma recessão da economia portuguesa de 9,4% do PIB. Era a projeção mais negativa à data.
16 de junho
O Banco de Portugal revê as suas projeções e aponta para uma recessão de 9,5%, a pior desde 1928, no cenário menos negativo. Assumindo um segundo surto, admite uma contração de 13,1%.
7 de julho
A Comissão Europeia revê em forte baixa a previsão para Portugal, apontando para uma contração de 9,8% do PIB. A queda já verificada em vários indicadores foi “dramática”, diz Bruxelas.