Benfica sobe emissão de dívida de 35 para 50 milhões
A SAD do Benfica optou por reforçar o montante da emissão obrigacionista em 15 milhões de euros, elevando o potencial encaixe da operação para os 50 milhões. Apenas em 2017 as “águias” fizeram uma emissão superior.
ABenfica SAD decidiu esta quarta-feira reforçar a emissão obrigacionista “Benfica 2020-2023” em 15 milhões de euros, aumentando o montante que pode encaixar de 35 para 50 milhões de euros.
Deduzindo ao montante subscrito os encargos com a operação, incluindo comissões, a SAD estima que entrem nos cofres da Luz aproximadamente 48,4 milhões de euros, caso a oferta seja totalmente subscrita.
Esta torna-se, assim, a segunda maior emissão obrigacionista dos “encarnados”, a par da emissão de abril de 2016, e apenas superada pela operação realizada em abril de 2017, quando a SAD colocou 60 milhões de euros.
A presente emissão, que pode ser subscrita até às 15:00 de sexta-feira, apresenta uma taxa de juro anual fixa de 4%, 25 pontos base superior à oferecida na emissão obrigacionista realizada no ano passado. Esta diferença foi justificada pelo CEO do Grupo Benfica, Domingos Soares de Oliveira, com as condições económicas decorrentes da pandemia.
“Revimos em ligeira alta, tanto a taxa bruta da última emissão [3,75%], como o montante da emissão [face ao previsto no início da época]”, indicou ao Negócios o gestor.
Soares de Oliveira sublinhou ainda que a operação “visa garantir que, qualquer que seja o cenário de retoma das competições, a Benfica SAD terá uma robustez de tesouraria suficientemente forte e conseguirá fazer face a todos os compromissos, tanto internos como externos”. E, acrescentou, permite não transferir jogadores num contexto de mercado enfraquecido.
410 milhões em 10 emissões
Esta é a décima emissão obrigacionista da SAD do Benfica e, caso seja integralmente subscrita, eleva para 410 milhões de euros o montante colocado no mercado de dívida, uma média de 41 milhões de euros por operação.
Para esta emissão a SAD decidiu fixar um limite mínimo de subscrição de 300 obrigações (1.500 euros), 15 vezes superior ao tradicional mínimo de 20 obrigações (100 euros).
Soares de Oliveira explicou ao Negócios que esta mudança prende-se com o custo de custódia das obrigações “que muitas vezes é penalizador da rentabilidade líquida obtida pelos pequenos investidores.
A Benfica SAD alcançará 410 milhões de euros colocados em 10 emissões.