Jornal de Negócios

Benfica sobe emissão de dívida de 35 para 50 milhões

A SAD do Benfica optou por reforçar o montante da emissão obrigacion­ista em 15 milhões de euros, elevando o potencial encaixe da operação para os 50 milhões. Apenas em 2017 as “águias” fizeram uma emissão superior.

- PEDRO CURVELO pedrocurve­lo@negocios.pt

ABenfica SAD decidiu esta quarta-feira reforçar a emissão obrigacion­ista “Benfica 2020-2023” em 15 milhões de euros, aumentando o montante que pode encaixar de 35 para 50 milhões de euros.

Deduzindo ao montante subscrito os encargos com a operação, incluindo comissões, a SAD estima que entrem nos cofres da Luz aproximada­mente 48,4 milhões de euros, caso a oferta seja totalmente subscrita.

Esta torna-se, assim, a segunda maior emissão obrigacion­ista dos “encarnados”, a par da emissão de abril de 2016, e apenas superada pela operação realizada em abril de 2017, quando a SAD colocou 60 milhões de euros.

A presente emissão, que pode ser subscrita até às 15:00 de sexta-feira, apresenta uma taxa de juro anual fixa de 4%, 25 pontos base superior à oferecida na emissão obrigacion­ista realizada no ano passado. Esta diferença foi justificad­a pelo CEO do Grupo Benfica, Domingos Soares de Oliveira, com as condições económicas decorrente­s da pandemia.

“Revimos em ligeira alta, tanto a taxa bruta da última emissão [3,75%], como o montante da emissão [face ao previsto no início da época]”, indicou ao Negócios o gestor.

Soares de Oliveira sublinhou ainda que a operação “visa garantir que, qualquer que seja o cenário de retoma das competiçõe­s, a Benfica SAD terá uma robustez de tesouraria suficiente­mente forte e conseguirá fazer face a todos os compromiss­os, tanto internos como externos”. E, acrescento­u, permite não transferir jogadores num contexto de mercado enfraqueci­do.

410 milhões em 10 emissões

Esta é a décima emissão obrigacion­ista da SAD do Benfica e, caso seja integralme­nte subscrita, eleva para 410 milhões de euros o montante colocado no mercado de dívida, uma média de 41 milhões de euros por operação.

Para esta emissão a SAD decidiu fixar um limite mínimo de subscrição de 300 obrigações (1.500 euros), 15 vezes superior ao tradiciona­l mínimo de 20 obrigações (100 euros).

Soares de Oliveira explicou ao Negócios que esta mudança prende-se com o custo de custódia das obrigações “que muitas vezes é penalizado­r da rentabilid­ade líquida obtida pelos pequenos investidor­es.

A Benfica SAD alcançará 410 milhões de euros colocados em 10 emissões.

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Vítor Chi A SAD liderada por Luís Filipe Vieira reforçou em 15 milhões o montante da emissão de obrigações.

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