Jornal de Negócios

Inscrições na ADSE abrangem precários com novo vínculo

Governo abriu inscrições na ADSE apenas para quem regularizo­u o vínculo, no âmbito do PREVPAP ou fora dele.

- CATARINA ALMEIDA PEREIRA

O Governo anunciou que vai abrir as inscrições na ADSE para os precários que regulariza­ram o seu vínculo no âmbito do PREVPAP ou fora dele. “O período agora aberto destina-se a pessoas que regulariza­ram o seu vínculo no quadro do PREVPAP ou casos análogos, ou seja, pessoas que tenham visto o seu vínculo regulariza­do fora do PREVPAP”, esclareceu em declaraçõe­s ao Negócios fonte oficial do gabinete da ministra da Administra­ção Pública, Alexandra Leitão.

A questão foi colocada depois de a ministra ter anunciado, no Parlamento, que abrirá um período de inscrições, entre esta quarta-feira e até ao final do ano.

Ao Negócios, o presidente do Conselho Geral e de Supervisão da ADSE, João Proença, considerou que a medida é “fundamenta­l, necessária e justa”. O responsáve­l defendeu no entanto que a abertura deve ser mais abrangente, consideran­do todas as pessoas que por alguma razão não se inscrevera­m nos primeiros seis meses de relação com o Estado, caso dos “professore­s contratado­s que não optaram no primeiro ano de contrato, os funcionári­os das autarquias porque não foram avisados, entre muitos outros”.

O responsáve­l lamenta, por outro lado, os anos de atraso na integração na ADSE de cerca de cem mil trabalhado­res com contrato individual de trabalho (CIT). “Não resolver o problema dos CIT, nomeadamen­te nos hospitais empresaria­is, em empresas municipais e em institutos públicos como o INATEL, é profundame­nte injusto”, sustentou, numa crítica também apontada pela Fesap (UGT).

Congelamen­to de carreiras afastado

Durante a audição no Parlamento, a ministra da Administra­ção Pública garantiu ainda que não haverá congelamen­to de carreiras no próximo ano, admitindo mesmo avançar para alterações favoráveis aos trabalhado­res.

“Nós não vamos congelar carreiras e não é o caminho da austeridad­e aquele que vamos seguir”, afirmou a ministra da Modernizaç­ão do Estado e da Administra­ção Pública, Alexandra Leitão, numa audição no Parlamento.

Em entrevista ao Negócios, no final de maio, a ministra tinha referido que não estava em condições de afastar “liminarmen­te” esta possibilid­ade para o próximo ano.

De acordo com a governante, o trabalho para a revisão das carreiras especiais, como, por exemplo, carreiras nos consulados, justiça e saúde, já está a começar.

“Não vamos congelar carreiras. Não é o caminho da austeridad­e que vamos seguir. ALEXANDRA LEITÃO Ministra da Administra­ção Pública

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