Medicina e cursos de excelência com mais vagas
As faculdades de Medicina, incluindo as de Lisboa e Porto, podem aumentar o número de vagas até 15% para o próximo ano letivo. O despacho governamental publicado no mês passado tem, todavia, gerado polémica, tendo o Conselho de Escolas Médicas Portuguesas (CEMP) manifestado “discórdia e estupefação” com o mesmo. É que, em comunicado, o CEMP refere que o aumento do número de alunos iria “degradar a qualidade do ensino, sobretudo nas vertentes clínicas, dada a manifesta incapacidade de cumprir rácios aceitáveis”.
Por sua vez Manuel Heitor, ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, não concorda com a posição do CEMP e já disse que quer ter mais jovens a estudar Medicina. “É algo que nos deve encher de orgulho e de ambição para podermos alargar em Portugal o ensino das ciências biomédicas.”
Todos os cursos em que a procura por parte de alunos com média igual ou superior a 17 valores, os considerados de excelência, exceda o número de vagas devem aumentar a oferta em pelo menos 15%, e até a um limite de 20%.
Além dos cursos de Medicina e daqueles mais procurados pelos alunos de excelência, a tutela identifica outras áreas em que a oferta deve ser reforçada, designadamente as competências digitais e ciências de dados e outras consideradas estratégicas para a especialização de cada instituição.