BioICEP estimula economia circular do plástico
Há muitos projetos de investigação focados no plástico e na forma de o fazer ‘desaparecer’ mais depressa – o BioICEP quer transformá-lo. É um projeto financiado pela União Europeia (UE) no âmbito do Horizonte 2020, de um consórcio Europa-China, com participação portuguesa. O conjunto de investigadores vai desenvolver uma solução para ambientes mistos de poluição plástica. Especificamente, os investigadores vão trabalhar em três tecnologias inovadoras de impulso destinadas a aumentar a degradação do plástico a níveis recordes. O BioICEP adotará uma abordagem de sistemas de despolimerização de ação tripla para decompor o lixo plástico: processos de desintegração mecanoquímico, digestão biocatalítica e consórcios microbianos. Os resultados serão usados como blocos de construção para novos polímeros ou outros bioprodutos.
O plástico convencional, derivado do petróleo, será assim transformado em biomateriais que poderão servir de base à criação de alternativas mais ecológicas aos plásticos usados atualmente. Por isso, o BioICEP visa estimular a economia circular. O consórcio, que vigora de janeiro de 2020 a dezembro de 2023, é coordenado pelo Athlone Institute of Technology, da Irlanda e tem a participação do Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica (iBET), pioneiro da investigação nacional em biotecnologia, área em que é hoje a maior instituição privada portuguesa sem fins lucrativos, e do Logoplaste Innovation Lab, uma unidade de negócios independente da casa-mãe, para a área da investigação e desenvolvimento de soluções de embalagens plásticas de alto desempenho
O BioICEP envolve também institutos e empresas da China, Irlanda, Espanha, Alemanha, Bélgica, Holanda, Grécia e Sérvia.
As entidades vão entrando no projeto por fases e, devido à covid-19, houve algum atraso no ‘tiro de partida’ tendo sido dado apenas em março. Em Portugal, a fase operacional ainda não se iniciou.