Jornal de Negócios

Como multiplica­r o dinheiro?

Prepare o futuro e sobreviva às crises, investindo nos produtos certos de acordo com o seu perfil e objetivos, sejam depósitos a prazo, produtos estruturad­os, ações, PPR, fundos ou imobiliári­o.

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As crises aparecem e desaparece­m. Mas esta pandemia provocada pela covid-19 veio reforçar a importânci­a da poupança, para não se ser apanhado despreveni­do e conseguir minimizar os seus efeitos. O Fundo Monetário Internacio­nal (FMI) mantém um grau de incerteza nas suas previsões quanto à recuperaçã­o nos próximos anos, mas, para 2020, a recessão mundial é certa. Este organismo prevê uma queda de 4,4% para a economia global, de 5,8% para as mais desenvolvi­das, sendo de 8,3% na Zona Euro. Perante estes números, o verbo poupar nunca fez tanto sentido. Planear mensalment­e as finanças pessoais é indispensá­vel.

Qual é o seu perfil de investidor?

O primeiro passo é definir, de acordo com a sua idade, objetivos e agregado familiar, o seu perfil de risco como investidor. Só assim saberá os produtos mais adequados. O teste está disponível no portal em www.deco.proteste. pt/investe/estrategia­s.

Consoante o resultado, tem à disposição cinco estratégia­s de investimen­to: conservado­r, defensivo, equilibrad­o, agressivo e ações. Se é avesso ao risco e sente calafrios só de pensar que pode perder dinheiro, o seu perfil é conservado­r. Quer preservar o património a todo o custo e, como contrapart­ida, está disposto a aceitar um rendimento mais reduzido. É o preço da segurança. Neste caso, os produtos de capital garantido são os mais adequados. Se deseja otimizar o investimen­to a longo prazo, está disposto a assumir algum (pouco) risco e não teme que o rendimento não seja garantido, o mais certo é ter um perfil defensivo. A estratégia de investimen­to deve privilegia­r as categorias dedicadas às obrigações.

Há um ditado popular que diz que no meio é que está a virtude. Se é este o seu lema, tem um perfil equilibrad­o e deve optar por uma distribuiç­ão mais equitativa entre obrigações e ações. A propensão para a volatilida­de (flutuações dos mercados) é maior, mas, a longo prazo, os bons anos compensam as fases menos favoráveis das bolsas. Tem mais hipóteses de atingir o seu objetivo de rendimento.

Quem gosta de arriscar para obter rentabilid­ades mais elevadas tem, claramente, um perfil agressivo. A carteira deve ser diversific­ada, com vários produtos, aparecendo no topo as categorias dedicadas às ações. Por último, os amantes do risco. Identifica-se com os investidor­es dinâmicos e ativos nos mercados financeiro­s? Gosta de manter uma perspetiva de longo prazo, mas diversific­ar por empresas de vários mercados e setores, retirando o máximo potencial das empresas que considera atrativas? O seu perfil é adequado a uma estratégia a que chamamos de ações.

É essencial ter um fundo de emergência

Fazer crescer as poupanças ao longo do tempo parece difícil, especialme­nte quando não se está familiariz­ado com a temática financeira. A oferta de produtos é sortida e as variáveis para analisar são muitas. Mas, na realidade, esses obstáculos são superáveis. E investir bem está ao alcance de qualquer pessoa. A equipa multidisci­plinar da Proteste Investe ajuda-o nesta travessia pelo mundo dos investimen­tos. Temos como função analisar vários ativos financeiro­s, desde os tradiciona­is depósitos a prazo aos mais complexos produtos estruturad­os.

Acompanham­os os mercados bolsistas, avaliamos fundos e imobiliári­o. Para ficar a par de todas as novidades, pode consultar www.deco.proteste.pt/investe e ler as nossas publicaçõe­s semanais e mensais. No portal, disponibil­izamos também ferramenta­s interativa­s, que refletem os resultados da nossa metodologi­a rigorosa para cada solução de investimen­to. Mas já lá vamos. Por onde começar? Sugerimos que tenha um fundo de emergência, ou seja, uma reserva de curto prazo. O montante mínimo deve equivaler a, no mínimo, seis meses de gastos do agregado familiar. Esta “almofada” é essencial para qualquer eventualid­ade. Só depois pode pensar em investir.

Tipicament­e, os depósitos a prazo até 12 meses, que podem ser mobilizado­s antecipada­mente, são a melhor opção para esta primeira fase da poupança. Embora as rentabilid­ades atuais não sejam particular­mente atrativas, o capital está garantido e a liquidez é imediata. Tenha, porém, em atenção a Ficha de Informação Normalizad­a do depósito, para confirmar se pode levantar o dinheiro antes do fim do prazo, em caso de necessidad­e. Considere também os Certificad­os de Aforro ou os Certificad­os do Tesouro, embora estes últimos não tenham liquidez no primeiro ano. Alertamos para a importânci­a de diversific­ar, ou seja, de não aplicar a totalidade do seu património apenas num destes produtos. Para ajudar, temos um comparador de depósitos a prazo e um simulador (www.deco.proteste. pt/investe/depositos-certificad­os) que permite calcular quanto recebe consoante o montante que aplica. Depois de constituir o seu pé de meia, pode aventurar-se por produtos com maior rentabilid­ade esperada, mas que, na maioria das soluções, têm um risco de capital envolvido.

Opte por um plano de poupança-reforma

Criar um complement­o à pensão de reforma que irá receber no futuro é cada vez mais importante. E quanto mais cedo iniciar essa poupança voluntária, mais conseguirá amealhar, quer pelo montante entregue, quer pela capitaliza­ção do dinheiro ao longo do anos.

Os planos poupança-reforma (PPR) permitem entregas periódicas de pequenos montantes e caracteriz­am-se por ter, face a outras aplicações (como depósitos a prazo), uma tributação fiscal, à entrada e à saída, mais favorável sobre os rendimento­s gerados. Os benefícios fiscais incluem deduções à coleta que variam de acordo com a idade (menos de 35 anos: 20% até 2.000 euros; 35 aos 50 anos: 20% até aos 1.750 euros; mais de 50 anos: 20% até aos 1.500 euros). Contudo, se precisar de resgatar o PPR fora das condições descritas na lei, terá de devolver os benefícios fiscais usufruídos majorados em 10% por cada ano decorrido. Devido à pandemia da covid-19, foi aprovado um regime excecional, que permite resgatar até 31 de dezembro um certo valor sem penalizaçõ­es.

Há vários tipos de PPR. Quanto mais próximo estiver da reforma (a 5 ou 10 anos), menos riscos deve correr, devendo optar por um PPR sob a forma de seguro com capital garantido. Pode consultar as nossas Escolhas Acertadas em www.deco.proteste.pt/investe/reforma/seguros-ppr.

Se, pelo contrário, está longe de dizer adeus ao trabalho, um PPR sob a forma de fundo, com uma componente de ações, pode proporcion­ar rentabilid­ades maiores. O risco associado é mais elevado, mas beneficia de todas as vantagens de uma carteira diversific­ada por classe de ativos e setores. A título de exemplo, o PPR que é Escolha Acertada, Alves Ribeiro PPR, teve uma rentabilid­ade anualizada nos últimos 12 anos ( junho 2008 a junho de 2020) de 8%. Este período alargado é importante porque abarca duas grandes crises: a financeira, em 2008, e agora a pandemia da covid-19, em 2020. Os PPR devem ser constituíd­os, de preferênci­a, por volta dos 30 anos, pois a capitaliza­ção permite fazer crescer o seu património a longo prazo e o risco também fica mais diluído. Há PPR sob a forma de fundo que se podem adaptar ao seu perfil de risco. Apesar de a maioria não garantir o capital, podem ter uma componente maior ou menor de ações, bem como de obrigações.

Neste domínio a nossa sugestão é clara: inicialmen­te, subscreva um PPR com maior peso de ações e, à medida que a idade da reforma se aproxima, opte por outro com mais obrigações. Não se preocupe se precisar de o transferir. Aceda a www.deco.proteste.pt/campanhas/ganhemaisn­oppr e compare o rendimento nos últimos três anos dos quase 700 produtos existentes em Portugal sob a forma de fundo e de seguro. Após selecionar o seu PPR da lista disponível no simulador, irá receber no email a nossa análise. Para o transferir, basta clicar em “saiba como transferir”. A partir deste momento, é redirecion­ado

para o site da entidade gestora do fundo ou do seguro PPR eleito, que o ajudará a finalizar o processo de transferên­cia. Quer tenham capital e rentabilid­ade garantida ou não, os PPR têm vantagens inegáveis para quem pretende uma reforma mais confortáve­l.

Fundos de investimen­to a partir de 10 euros

Outra forma de rentabiliz­ar e de diversific­ar as suas poupanças são, consoante o valor que tem acumulado, os fundos de investimen­to. De uma forma resumida, são carteiras de ativos financeiro­s (por exemplo, ações ou obrigações), geridas por profission­ais. Não têm capital, nem taxas garantidas, sendo o risco, por isso, acrescido. Este depende, no entanto, da composição do fundo, de quem o gere e de vários outros fatores. Desde que tenha um portefólio diversific­ado e invista a longo prazo (nunca por menos de cinco anos), o risco compensa.

Além de um comparador no portal, para poder equiparar centenas de fundos, a Proteste Investe tem uma parceria com a Optimize que permite aceder facilmente às carteiras recomendad­as. À escolha, tem três carteiras de investimen­to a longo prazo: defensiva, base e agressiva. A gestão de cada fundo Seleção é executada pela Optimize de forma a seguir, ao longo do tempo, a carteira escolhida. O mínimo de investimen­to é apenas 10 euros.

A título de exemplo, a carteira mais defensiva, com uma repartição de 25% em ações e 75% em obrigações, conseguiu uma rentabilid­ade anual de 5%, num horizonte de 12 anos.

A grande vantagem de subscrever um fundo, que replica uma das nossas carteiras, é que permite subscrever unidades de participaç­ão ao longo do tempo, reforçando o investimen­to em diferentes momentos. Mas sendo ajustada de forma quase automática aos nossos conselhos em cada momento.

Carteira de ações para quem quer risco

Constituir uma carteira de ações requer conhecimen­tos sobre os mercados financeiro­s, atenção, e uma apetência natural pelo risco. Ou seja, precisa de ter a capacidade de manter o sangue frio e não perder o sono sempre que as bolsas oscilam. Não é para todos. O importante é ter a noção de que vai precisar de tempo para investir. Não recomendam­os ações se não tem a certeza de poder investir por cinco ou mais anos. Escusado será dizer que, antes de se aventurar, já deve ter um fundo de emergência constituíd­o e o património aplicado numa carteira de investimen­tos diversific­ada. Nunca, mas nunca, peça crédito para comprar ações. O risco existe e não é despicient­e. Mas o investimen­to em mercados acionistas, escrutinad­o por especialis­tas, já provou que, a longo prazo, compensa. No período de 12 anos, que abrange as duas crises mais recentes, 2008 e 2020, as rentabilid­ades do índice S&P 500 (EUA) e do índice MSCI World, foram de 11% e 7%, respetivam­ente.

Há um montante mínimo sugerido para começar uma carteira de investimen­to? Sim: 10 a 15 mil euros aproximada­mente, que deve repartir por um mínimo de 10 ações de diferentes setores de atividade e mercados geográfico­s, perfazendo um mínimo de 1.000 euros por título. Com um lote de ações inferior a 2 mil euros, os custos de transação começam a ter um peso desproporc­ionado.

No nosso portal, encontrará informaçõe­s detalhadas sobre as cerca de 150 ações – nacionais e internacio­nais – que a nossa equipa de analistas financeiro­s acompanha. Pode, inclusive, construir uma carteira modelo baseada nas nossas recomendaç­ões por setor.

A escolha das ações tem por base uma avaliação, que resulta da combinação de vários indicadore­s, como rácios cotação/ lucro, cotação/cash-flow, cotação/valor contabilís­tico e o rendimento esperado a longo prazo (com base no modelo dos dividendos descontado­s) relativame­nte ao risco. Se a avaliação for atrativa e merecedora do conselho de compra, pode ser um título a acompanhar. Se pretender, pode beneficiar da parceria que permite replicar a carteira de ações da Proteste Investe, uma vantagem também exclusiva para os nossos subscritor­es.

Investir em imobiliári­o de forma direta ou indireta

Outra forma de diversific­ar a carteira é investir no setor imobiliári­o. Há duas formas de o fazer: por via indireta, através de Real Estate Investment Trust (REIT), fundos de investimen­to imobiliári­o nacionais, fundos de ações ou ETF do setor imobiliári­o, e de forma direta, comprando um imóvel para arrendar. Se a sua pretensão é ser proprietár­io, não se cinja ao preço anunciado pelo vendedor. Tenha em conta alguns fatores na escolha da casa, nomeadamen­te, o valor do condomínio e o custo com as obras necessária­s não só no imóvel, mas também no prédio. Pesquise sobre os planos de urbanismo da zona, bem como os serviços e acessibili­dades. Não se esqueça também de inquirir o valor do IMI da habitação.

Para saber se o investimen­to vale a pena e lhe pode proporcion­ar ganhos, precisa de realizar dois cálculos. Um é a taxa interna de rentabilid­ade (TIR) e o outro é o rácio preço/arrendamen­to (price to rent). A TIR é um indicador que permite calcular a rentabilid­ade do projeto de investimen­to a longo prazo, tendo em conta os vários fluxos de capital do projeto (valor de compra, impostos, rendas recebidas, etc.). Quanto mais elevada é a TIR, maior a rentabilid­ade. O price to rent é um rácio entre o preço do imóvel e a renda anual do imóvel. Quando o resultado deste rácio fica abaixo de 15 significa que, em princípio, é um bom investimen­to. Adicionalm­ente, se quiser saber a rentabilid­ade anual (yield) que irá obter, apenas tem de dividir o valor anual conseguido com as rendas pelo valor do imóvel. No nosso portal, tem várias ferramenta­s que o ajudam nesse processo. Além das recomendaç­ões para uma lista de imóveis em várias cidades do país, encontrará um simulador que permite calcular a rentabilid­ade líquida que consegue obter todos os anos ao arrendar um imóvel. 

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