Jornal de Negócios

Ministério admite aumento da área de vinha

- AL

O presidente da ViniPortug­al antecipa que a pandemia de covid-19 vai provocar “segurament­e mais abandono das vinhas” e que haverá também “mais empresas a abandonar a atividade”, pedindo ao Ministério da Agricultur­a o levantamen­to das limitações previstas no regime de autorizaçõ­es de plantação de vinha, que entrou em vigor em 2016. Na abertura do Fórum Anual Vinhos de Portugal, Frederico Falcão referiu que o atual limite de 1% é “insuficien­te para acompanhar este abandono” e que “o setor deve aumentar a percentage­m máxima autorizada, aproveitan­do a revisão do sistema que deverá ocorrer em 2022 ou 2023”.

A legislação em vigor prevê que anualmente são disponibil­izadas a nível nacional autorizaçõ­es de novas plantações até 1% da superfície plantada com vinha (face a 31 de julho do ano anterior). As autorizaçõ­es são intransmis­síveis e válidas por um período de três anos. Ao Negócios, fonte oficial do Ministério liderado por Maria do Céu Antunes admitiu que “na negociação atual [da regulament­ação comunitári­a], e atendendo à possibilid­ade de haver comportame­ntos diferencia­dos nos vários Estados-membros, certamente será tida em conta essa preocupaçã­o para que seja possível aumentar a área de novas autorizaçõ­es disponibil­izadas anualmente”.

Porém, considera “prematuro colocar a questão sem que se saiba o resultado da área plantada nas atribuiçõe­s dos últimos anos”, uma vez que cada autorizaçã­o tem três anos para ser executada e a primeira só terminou a 31 de dezembro de 2019. “Provavelme­nte, o 1% será suficiente para as pretensões portuguesa­s de aumento e manutenção da área e da produção em Portugal. O Ministério da Agricultur­a está atento a este assunto”, concluiu.

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