Portugal destaca-se pelo crescimento na DXC
A DXC em Portugal tem registado crescimentos na casa dos dois dígitos, dando dos melhores desempenhos dentro do grupo. Há uma pandemia que dificulta planos estratégicos, mas a tecnológica já traçou outra meta: a aposta na administração pública.
ADXC Technology Portugal assume-se como a entidade com maior crescimento na região europeia onde está integrada, e que conta com países como Espanha, França, Itália e Bélgica.
Os 20% de crescimento para valores não revelados garantiram-lhe, ainda, dos maiores desempenhos a nível mundial. O grupo norte-americano de tecnologias tem receitas anuais de cerca de 20 mil milhões de dólares, empregando perto de 140 mil pessoas.
Está em 70 países, entre os quais Portugal. Manuel Maria Correia lidera a operação nacional, assumindo que “tem tido um crescimento sustentado nos últimos quatro anos”. 2017 marcou o arranque da DXC em Portugal. O volume de negócios em quatro anos duplicou, mas o número de colaboradores triplicou. Hoje tem 600 pessoas em Portugal. O objetivo, no seu plano estratégico, é continuar a crescer a dois dígitos, mas entre os 10% e os 20%. É que, diz ao Negócios o gestor, “continua a haver uma procura imensa na área de transformação digital”. No próximo ano – em abril inicia-se o ano fiscal da empresa – a aposta vai para áreas como a cibersegurança, sistemas analíticos, “cloud” e automação, ainda que a DXC saliente que a sua oferta é mais vasta. Mas aponta oportunidades por estas áreas. Tal como nos setores acredita que chegou o momento de apostar na administração pública também em Portugal, já que esse é um negócio relevante em vários países. “É a maior aposta para este ano”, garantindo Manuel Maria Correia que é uma decisão independente da chegada dos fundos europeus. “Estávamos já há algum tempo para a endereçar”, e “sendo uma oportunidade clara”, a aposta da DXC Portugal nesta área “iria acontecer independentemente dos fundos”. O responsável diz mesmo que “só agora temos maturidade suficiente no nosso negócio para podermos fazer esse investimento”.
“A DXC, apesar de aparecer como ‘challenger’ [desafiador], tem experiência neste setor” a nível internacional. E é no beber desse conhecimento que a tecnológica acredita poder ter uma oferta competitiva para as entidades públicas”, superando aquilo que
considera as vantagens que os incumbentes têm.
A DXC Portugal tem no setor financeiro e nas “utilities”, nomeadamente energia, os seus maiores clientes. Quer mais, mas Manuel Maria Correia admite que no ambiente pandémico se torna difícil conquistar novos clientes. “O ‘pipeline’ que tínhamos para criar novas relações, para desafiar os concorrentes ou criar novas transformações está mais baixo”, o que acredita ser uma consequência direta de negociações à distância. “Há uma barreira”. Por isso, ainda estima que nos próximos três a seis meses a atuação continue mais a passar