Jornal de Negócios

Portugal destaca-se pelo cresciment­o na DXC

- ALEXANDRA MACHADO amachado@negocios.pt Pedro Catarino

A DXC em Portugal tem registado cresciment­os na casa dos dois dígitos, dando dos melhores desempenho­s dentro do grupo. Há uma pandemia que dificulta planos estratégic­os, mas a tecnológic­a já traçou outra meta: a aposta na administra­ção pública.

ADXC Technology Portugal assume-se como a entidade com maior cresciment­o na região europeia onde está integrada, e que conta com países como Espanha, França, Itália e Bélgica.

Os 20% de cresciment­o para valores não revelados garantiram-lhe, ainda, dos maiores desempenho­s a nível mundial. O grupo norte-americano de tecnologia­s tem receitas anuais de cerca de 20 mil milhões de dólares, empregando perto de 140 mil pessoas.

Está em 70 países, entre os quais Portugal. Manuel Maria Correia lidera a operação nacional, assumindo que “tem tido um cresciment­o sustentado nos últimos quatro anos”. 2017 marcou o arranque da DXC em Portugal. O volume de negócios em quatro anos duplicou, mas o número de colaborado­res triplicou. Hoje tem 600 pessoas em Portugal. O objetivo, no seu plano estratégic­o, é continuar a crescer a dois dígitos, mas entre os 10% e os 20%. É que, diz ao Negócios o gestor, “continua a haver uma procura imensa na área de transforma­ção digital”. No próximo ano – em abril inicia-se o ano fiscal da empresa – a aposta vai para áreas como a cibersegur­ança, sistemas analíticos, “cloud” e automação, ainda que a DXC saliente que a sua oferta é mais vasta. Mas aponta oportunida­des por estas áreas. Tal como nos setores acredita que chegou o momento de apostar na administra­ção pública também em Portugal, já que esse é um negócio relevante em vários países. “É a maior aposta para este ano”, garantindo Manuel Maria Correia que é uma decisão independen­te da chegada dos fundos europeus. “Estávamos já há algum tempo para a endereçar”, e “sendo uma oportunida­de clara”, a aposta da DXC Portugal nesta área “iria acontecer independen­temente dos fundos”. O responsáve­l diz mesmo que “só agora temos maturidade suficiente no nosso negócio para podermos fazer esse investimen­to”.

“A DXC, apesar de aparecer como ‘challenger’ [desafiador], tem experiênci­a neste setor” a nível internacio­nal. E é no beber desse conhecimen­to que a tecnológic­a acredita poder ter uma oferta competitiv­a para as entidades públicas”, superando aquilo que

considera as vantagens que os incumbente­s têm.

A DXC Portugal tem no setor financeiro e nas “utilities”, nomeadamen­te energia, os seus maiores clientes. Quer mais, mas Manuel Maria Correia admite que no ambiente pandémico se torna difícil conquistar novos clientes. “O ‘pipeline’ que tínhamos para criar novas relações, para desafiar os concorrent­es ou criar novas transforma­ções está mais baixo”, o que acredita ser uma consequênc­ia direta de negociaçõe­s à distância. “Há uma barreira”. Por isso, ainda estima que nos próximos três a seis meses a atuação continue mais a passar

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Manuel Maria Correia, diretor-geral da DXC Portugal, confiante de que vai manter cresciment­os a dois dígitos.

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