Jornal de Negócios

Região não precisa de reforma dos portos

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O Governo de António Costa tinha em mãos o pacote “Reforma Portos”, com orientaçõe­s estratégic­as para o setor portuário no continente até 2033 e um novo regime jurídico aplicável ao seu funcioname­nto e organizaçã­o. Ao Negócios, a presidente da Administra­ção dos Portos da Região Autónoma da Madeira (APRAM) adianta ter acompanhad­o essa reforma – que não chegou a sair do papel –, mas “desde o princípio que fizemos questão que a Região Autónoma da Madeira tivesse o seu poder de legislar sobre a matéria”. “Não nos opomos a essa necessidad­e de reformar e vemos até algumas das medidas com bons olhos, mas somos uma região insular e temos especifici­dades”, disse, lembrando que “a nossa dimensão é totalmente diferente” e “a nossa dependênci­a do porto é muito maior do que os portos nacionais”. Na última reunião que teve com o então ministro das Infraestru­turas, Paula Cabaço adianta que foi reconhecid­o pelo governo central que o diploma “só se aplicaria a nível nacional”, deixando as regiões autónomas de fora.

A responsáve­l entende que os portos da Madeira não necessitam de qualquer reforma, desde logo pela proximidad­e que existe a nível governamen­tal. “Os nossos canais são muito estreitos”, explica a presidente da APRAM, frisando que “não vejo grandes necessidad­es de reformas”. “Tendo autonomia legislativ­a e tendo autonomia política, temos capacidade de ir implementa­ndo as nossas melhorias à medida das nossas necessidad­es”, resume, afirmando compreende­r, por outro lado, que “face à dimensão dos portos nacionais haja necessidad­e de serem feitos ajustament­os” nessa legislação.

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