Jornal de Negócios

Governo aprova medidas para acelerar PRR

Conselho de Ministros aprova “o reforço de mecanismos de transparên­cia e celeridade dos fundos” além do alívio adicional ao IRS. Primeiro-ministro diz que foi “claríssimo” nesta matéria no debate no Parlamento.

- PAULO RIBEIRO PINTO paulopinto@negocios.pt

Oprimeiro-ministro anunciou que no Conselho de Ministros desta sexta-feira vão ser aprovadas medidas para reforçar a transparên­cia e acelerar a execução dos fundos europeus.

“Tomaremos decisões no Conselho de Ministros de amanhã [sexta-feira], relativame­nte ao reforço de mecanismos de transparên­cia, de fiscalizaç­ão e de celeridade na execução de fundos europeus”, afirmou Luís Montenegro no final do Conselho Europeu de ontem, naquela que foi a estreia do novo chefe do Governo nestes encontros.

Luís Montenegro começou por afirmar que o Governo “está muito firme e empenhado em recuperar o atraso na execução, quer dos fundos de coesão”, lembrando que o PT 2030 está apenas com “0,5 % de taxa de execução”, quer do Plano de Recuperaçã­o e Resiliênci­a (PRR), que “tem uma taxa de execução de 20%.”

O primeiro-ministro indicou que é uma estratégia para que o país seja “merecedor do apoio de fundos de coesão no futuro”, mostrando que “somos capazes, no presente, de executar bem os fundos que temos à nossa disposição.”

A concretiza­ção destas medidas constam do Programa do Governo. Nele, o Executivo compromete-se a “eliminar redundânci­as” e “reduzir atrasos” na implementa­ção de fundos europeus em Portugal, tanto no PRR como no atual quadro comunitári­o de apoio, o Portugal 2030.

A taxa de execução dos fundos europeus tem motivado trocas de acusações entre o atual e anterior Governo. Logo a seguir a ser indigitado, Luís Montenegro garantiu à presidente da Comissão Europeia rapidez da execução do PRR para “recuperar atrasos”. Uma acusação refutada pela então ministra da Presidênci­a, Mariana Vieira da Silva. “Portugal está na liderança da execução do Plano de Recuperaçã­o e Resiliênci­a (PRR), no quadro dos países europeus”, afirmou em resposta a Montenegro, acrescenta­ndo que é “um dos que mais executou”.

Na pasta de transição, no que se refere ao PT 2030, o anterior Governo indicou que já foram “lançados 328 avisos, envolvendo mais de 5 mil milhões de euros de fundo europeu”, com “731 operações já aprovadas a que correspond­em 963 milhões de euros de fundo aprovado, 429 milhões de fundo executado e 71 milhões de fundo pago.”

No Conselho de Ministros desta sexta-feira, o Governo vai aprovar a proposta de lei que altera as taxas do IRS que deverão conduzir a um desagravam­ento fiscal de 1.500 milhões de euros. Questionad­o sobre a polémica da dimensão do alívio fiscal, o primeiro-ministro afirmou que foi “claríssimo”, mas que esta sexta-feira teria “ocasião de densificar de forma absolutame­nte inequívoca, como aliás fiz sempre, mas ainda mais, com mais detalhe, depois da aprovação no Conselho de Ministros de toda essa matéria”.

A proposta de lei de alívio fiscal do IRS vai ser aprovada no Conselho de Ministros.

 ?? Yves Herman/reuters ?? O primeiro-ministro, Luís Montenegro, estreou-se ontem no Conselho Europeu que debateu o apoio à Ucrânia.
Yves Herman/reuters O primeiro-ministro, Luís Montenegro, estreou-se ontem no Conselho Europeu que debateu o apoio à Ucrânia.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal