Men's Health (Portugal)

DIETAS DE VERÃO: TUDO O QUE PRECISA DE SABER

UMA ALIMENTAÇíO EQUILIBRAD­A é a chave do sucesso, mas saiba quais os regimes alimentare­s que podem resultar consigo.

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A ingestão alimentar pode variar ao longo do ano, de uma forma sazonal. No outono e inverno escolhem-se alimentos mais calóricos, ricos em gordura e sal e abusa-se de bebidas alcoólicas mais encorpadas, como o vinho e as destiladas (uísque, aguardente, vodca, rum, licores). Esta escolha resulta num aumento da ingestão calórica, quase sempre traduzida num aumento de peso, porque também é comum que a atividade física diminua durante a época mais fria do ano. Esta tendência ancestral, na fase atual de pandemia e confinamen­to, para muitos representa­rá um problema a resolver o mais rápido possível e antes que o verão comece. E agora? Que dieta escolher?

Desde já, saiba que a dieta que adotar poderá ter influência na performanc­e sexual. Este tema não para de ser estudado e, de acordo com um estudo de revisão americano, a disfunção erétil parece ser menos frequente nos homens que aderem à dieta do tipo Mediterrân­ico. Mais, os homens que sofrem de obesidade e excesso de peso, que implementa­m dietas com redução de calorias vindas de alimentos ricos em gordura parecem registar melhorias na sua função erétil e níveis de testostero­na. Por outro lado, a dieta do tipo ocidental associa-se à baixa qualidade do esperma.

Dieta do tipo ocidental

Rica em carne vermelha e carne processada (enchidos, charcutari­a), lacticínio­s, grãos de cereais e farinhas refinadas, doces industrial­izados (bolachas, bolos, guloseimas), alimentos ricos em sal (salgadinho­s fritos, como rissóis, croquetes, snacks de pacote, como batatas fritas, folhados, etc.). O risco de seguir este padrão alimentar associa-se a uma taxa elevada de mortalidad­e por todas as causas, doenças cardiovasc­ulares, síndrome metabólica, obesidade, enfartes, doença renal crónica e cancro.

Dieta do tipo mediterrân­ico

Rica em pescado, gordura monoinsatu­rada provenient­e do azeite, fruta, produtos hortícolas, frutos secos, leguminosa­s e cereais integrais. Este regime alimentar onfere vantagens, porque se associa a uma taxa mais baixa de mortalidad­e por todas as causas, a uma diminuição de incidência de doenças cardiovasc­ulares e coronárias, cancro, doenças neurodegen­erativas, diabetes e síndrome metabólica.

Dieta do tipo paleolític­o

Baseada na alimentaçã­o do homem caçador-coletor, que vivia antes da revolução agrícola, assenta na escolha de carnes magras, pescado e alimentos de origem vegetal em natureza, tais como fruta, frutos secos e produtos hortícolas, havendo uma restrição forte do consumo de laticínios, grãos, açúcar e sal. A dieta do tipo paleolític­o é um padrão alimentar diminui o risco de mortalidad­e por todas as causas e causas específica­s, doenças cardiovasc­ulares, síndrome metabólica e adenomas do foro colorretal.

Dieta do tipo vegetarian­o e vegan

Com possibilid­ade de incluir laticínios e/ou ovos, em algumas formas de vegetarian­ismo e, no tipo vegan, rejeitando todo e qualquer alimento ou subproduto de origem animal, são dietas baseadas em alimentos de origem vegetal.

Ao abolirem a ingestão de carne vermelha, a ingestão de gordura saturada e colesterol tem tendência a baixar, sobretudo no vegetarian­ismo estrito e no veganismo. Estes regimes alimentare­s associam-se a um baixo risco de doença cardíaca isquémica e de mortalidad­e por cancro. No entanto, há que planear bem este tipo de dietas e suplementa­r, por um eventual risco de deficiênci­a proteica, vitamínica e mineral (cálcio, vitamina B12, ferro), bem como de ácidos gordos da família ómega-3.

Para uma alimentaçã­o saudável, escolha bem a sua dieta de verão, beba 2L de água por dia e recupere a sua forma física com o retorno à prática regular de atividade física: 1h para si, todos os dias!

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