A MAQUINARIA POR DETRÁS DO FITNESS
Os profissionais adoram a máquina Proteus Motion, de Sam Miller, que transforma a sua forma de treino em movimentos complexos e inovadores – e analisa cada movimento.
OS GINÁSIOS ESTÃO CHEIOS DE PESOS e máquinas que não vêm com manuais de instruções. É por isso que deve contratar um personal trainer que o oriente no caminho mais indicado, tendo em conta o nível em que está e o objetivo que pretende, através de um completo plano de treino. Como alternativa, Sam Miller criou a máquina Proteus Motion que fará com que cada utilizador saiba exatamente como treinar. Neste momento, Proteus – com o seu braço gira
tório, com capacidade de elevação e balanceamento – é capaz de o por a treinar através de 17 movimentos que permitem avaliar a sua condição física com variados dados de análise a todo o corpo, nomeadamente desequilíbrios musculares, por comparação com diversos atletas da sua faixa etária. Tais resultados serão posteriormente usados para desenhar o seu plano de treino. “Estamos a falar de um completo sistema que foi desenhado para otimizar os padrões de mobilidade e força”, como nos explica Miller.
O Proteus consegue fazê-lo graças à conjugação de vários sensores de inteligência artificial e freios magnéticos que oferecem consistência e resistência de aspeto natural que desafia os músculos chave através de vários movimentos. Este é o resultado de duas gerações de trabalho: O pai de Miller, Larry, na altura cientista convidado no Instituto de Tecnologia de Massachuetts, criou o protótipo de um hardware de reabilitação e fitness, nos anos 90, que mais tarde inspirou o filho a seguir o mesmo trabalho. Já em 2015, Miller e uma pequena equipa construíram os primeiros modelos da Proteus e, em 2017, criaram uma parceria com o departamento de cirurgias de um hospital para validar a eficiência da máquina. As conclusões: o Proteus é capaz de garantir 95% de melhor ativação muscular em comparação com os treinos com pesos livres ou as clássicas máquinas de ginásio.
Atualmente, esta vantagem atenta à maioria dos atletas como o jogador de beisebol Noah Syndergaard ou a estrela do NBA Blake Griffin. Mas Miller acredita que o seu robot tem potencial para estar presente em ginásios. Em 10 anos, espera ser possível que qualquer cliente use a Proteus por quatro minutos e consiga instantaneamente o seu plano de treino.
Na verdade, o criador desta tecnologia já vê isto a acontecer. No ginásio Cressey Sports Performance, na Florida, gerido por Eric Cressey, realizam-se cerca de 50 análises mensais com a Proteus Motion e 30 atletas treinam diariamente com a referida máquina. “Conseguimos entregar sessões de avaliação e treino super rápidas e eficientes. E nem é necessário ter um treinador presente”, acrescenta Miller, satisfeito com a evolução da sua criação.