Natural como uma piscina
Ah, a Caloura, a Caloura (Água de Pau, Lagoa), paragem tão bem servida de peixe grelhado (já lá vamos) como de banhos. Comecemos, por isso, pelo buffet livre de águas – ora na pequena piscina natural na extremidade do pontão, ora na baía de água cristalina que convida a mergulhos adolescentes, ou ainda nas pequenas praias que ficam mesmo ali ao lado. Se for para resumir tudo numa única expressão: um dia bem passado.
Não muito longe, um dos emblemas da ilha: o Ilhéu de Vila Franca do Campo não é só uma formação rochosa desgarrada da costa – lá no meio há uma belíssima acumulação de água salgada, destino balnear repleto de exotismo, que Madonna teria facilmente apelidado de “la isleta bonita”. Esta piscina natural, também conhecida como Anel da Princesa, está à distância de uma curta viagem de barco, travessia de um quilómetro realizada apenas durante o Verão (até 14 de Outubro), a partir do cais do Tagarete (Vila Franca do Campo). Por se tratar de uma reserva natural, habitat de aves como cagarros e garajaus, a ocupação do ilhéu é limitada a 200 pessoas. O barco parte de hora a hora, entre as 10.00 e as 18.00. O bilhete custa 11,20€.
E o Porto de Santa Iria (Ribeirinha, Ribeira Grande): é uma praia? É uma piscina? Pouco importa avançar com uma informação rigorosa, porque podemos sempre chamar-lhe oásis (meio secreto), sem corrermos o risco de faltar à verdade. O acesso difícil é amplamente compensado pelos mergulhos nas águas límpidas e esverdeadas de uma pequena baía, para não falar nas fotografias.
Nenhuma incursão balnear em São Miguel pode acabar sem um mergulho nas Piscinas Naturais dos Mosteiros (Mosteiros, Ponta Delgada). Mais uma vez, formações vulcânicas capazes de reter água do mar quando a maré baixa, pintadas de verde em contraste com o azul do mar (ainda tem praia convencional se estiver de apetites). Como se já não fosse paradisíaco o suficiente, junte-lhe o melhor pôr-do-sol da ilha.