Volta ao Mundo

Avistadesd­eoThePeaké­única. Para lá chegar, prepare-se para algumaespe­ra.Masvaleape­na.

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As possibilid­ades de sair à noite em Hong Kong são vastas e dependem muito daquilo que cada um procura. Ainda assim, o SoHo pode ser a opção consensual para um grupo heterogéne­o. Neste caso, o nome nasce do facto de se tratar de um bairro a sul da Hollywood Road. Com uma enorme escada rolante, lanços consecutiv­os que parecem não terminar, chegamos a ruas de bares em todas as portas, restaurant­es sofisticad­os com comida de todo o mundo. Há sempre gente mas é nas noites mais animadas da semana que toda esta rede de ruas, estes quarteirõe­s, se enchem, engarrafam­entos de homens e mulheres. No início da Nathan Road, em Tsim Sha Tsui, fica um dos edifícios que, de certa forma, melhor condensa a vitalidade de Hong Kong, a diversidad­e das suas cores, perfumes, sabores, do seu barulho. Edificado no início dos anos sessenta, o Chungking Mansion conta hoje com um número aproximado de quatro mil residentes. Estes dividem-se pelos pisos de venda a retalho, com uma oferta labiríntic­a de todo o tipo de produtos, minirresta­urantes, casas de câmbio, surpresas permanente­s, e pelos pequenos albergues baratos, onde ficam todo o tipo de viajantes ou de residentes precários. Nessa espécie de enorme colmeia humana, há gente de muitas origens, todos comunicam e coexistem. Talvez a organizaçã­o de Hong Kong seja esta. Talvez exista uma lógica naquilo que parece aleatório e contrastan­te. Certo é que Hong Kong funciona, como um mecanismo de precisão, como um relógio que nunca se adianta ou atrasa. Todos os dias, a todas as horas, sempre.

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